Apesar de ostentar uma silhueta bem diferente dos tempos em que, de torso nu, provocava a platéia nos shows da banda The Smiths, da qual era vocalista, o cantor e compositor inglês Morrissey, 40 anos, temse mostrado em boa forma musical, mantendo-se fiel ao som que o consagrou nos anos 80. Seus shows prometem ser um dos acontecimentos musicais brasileiros de 2000. Mesmo sem gravadora e há mais de dois anos sem lançar um disco inédito, o roqueiro de língua afiada e temperamento romântico tem lotado os espetáculos da turnê que já passou pelos Estados Unidos e parte da Europa. No repertório, antigos sucessos dos Smiths, como Meat is murder e Half a person, e pérolas de seus álbuns-solo, entre elas a balada dor-de-cotovelo Now my heart is full. Nestes momentos, fãs mais afoitos provocam tempestades de flores sobre o palco. Morrissey adora. (I.C.)
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Heineken Concerts 2000 (São Paulo, Tom Brasil, Teatro Alfa, Bourbon Street, de 5 a 8) – O evento ainda mantém a característica de promover a chamada world music em apresentações individuais e em diálogos musicais entre artistas brasileiros e estrangeiros. As grandes atrações do festival deste ano concentram-se no som dançante do argelino Khaled – grande sucesso nas pistas tupiniquins –, nas canções doces e tristes da cantora de Cabo Verde Cesaria Evora e na música étnica do cantor de Mali Salif Keita. Na sinergia sonora, os destaques vão para o cantor e compositor Lenine que, entre outros, receberá os franceses do Fabulous Trobadors, e para o bluesman americano Taj Mahal, que dividirá o palco com feras como o guitarrista André Christovam e o gaitista Flávio Guimarães. Serão 11 espetáculos que ainda incluem Chico César, a revelação Monica Salmaso e músicos de Cuba, Alemanha, Holanda, Madagascar e Camarões. (L.C.)
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