O piloto brasileiro Marco Antônio Greco está disposto a provar que chegou sua hora numa das mais tradicionais provas do automobilismo mundial, as 500 Milhas de Indianápolis. Ele alterna sessões de preparação física e treinamento para buscar o pódio no mitológico circuito americano. Apesar de não ter completado suas participações anteriores na corrida, acalenta o sonho de repetir, no próximo dia 28 de maio, o feito realizado em 1989 por Émerson Fittipaldi, o único brasileiro a embolsar o prêmio de US$ 1 milhão pela vitória na corrida. “Sou experiente na Indy e terei um ótimo equipamento”, anima-se Greco, que nos próximos dias decidirá entre a sua própria equipe, a Phoenix Race, e a americana Galles Racing.

Greco, 36 anos, iniciou a carreira no kart e teve experiências em categorias importantes, como as fórmulas 3 e 3.000. Na F-1, chegou a ser piloto de testes na pequena Fondmental. No ano passado, tornou-se representante exclusivo para a América Latina do Impact Protection System (IPS), um sistema de absorção de impacto desenvolvido na Itália para substituir o trabalho feito nos circuitos pelos pneus. São placas de PVC e borracha capazes de reter 95,88% do impacto produzido na batida do carro. Pelos cálculos de Greco, seriam necessárias entre 300 e 500 placas para equipar um autódromo como o de Interlagos, em São Paulo. Cada placa custa US$ 1,5 mil. “Nesta temporada, a F-1 terá o IPS em Hockenhein, na Alemanha, e Monza, na Itália”, adianta Greco.