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Em um universo cada vez maior de produtos e serviços, vale tudo para ser lembrado pelo consumidor. No Brasil, essa guerra pela atenção acaba de ganhar uma nova arma: a loja pop-up. O conceito surgiu em 2003 em Nova York, nos Estados Unidos. A ideia era criar um espaço
temporário para apresentar e vender novos produtos. As lojas durariam, no máximo, alguns meses e não teriam divulgação oficial. Deu certo. Aos poucos as pop-up começaram a pipocar em todo o planeta. No Brasil, apareceram timidamente em 2008 e neste fim de ano o modelo se consagrou. “O objetivo da pop-up não é só vender”, explica Acácio Hipólito, professor de marketing da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), em São Paulo. “Ela existe para associar uma marca a uma experiência que vai além da compra.”

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O LVMH Group, especializado em artigos de luxo, foi dos primeiros a utilizar o conceito. Já em 2008 eles abriram uma loja temporária para degustação do champanhe Veuve Clicquot no shopping Iguatemi, em São Paulo. A experiência foi tão positiva que este ano o grupo abriu em novembro um espaço semelhante para seu outro champanhe, o Moët Chandon. “Nosso objetivo é aproximar o consumidor da marca”, diz Sérgio Degese, presidente da Moët Hennessy do Brasil. Nada entrega a fugacidade do local – ele tem tudo que uma loja comum teria,
mas fica aberto apenas até o dia 31 de dezembro.

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NO EXTERIOR
Adidas e Red: lojas para durar até uma semana

No mesmo shopping, a marca de roupas Pelu também apostou no conceito. “Criamos uma linha especial da grife para o espaço e estamos impressionados com o retorno”, conta Helena Linhares, dona da grife. Engana-se quem pensa que é só nos shoppings que o modelo funciona. A Casa dos Criadores, que reúne estilistas iniciantes, abriu em outubro uma pop-up no coração dos Jardins, em São Paulo. “Nunca tivemos uma loja. Achei essa ideia perfeita para nós”, diz André Hidalgo, dono da grife. Ele conta que investiu cerca de R$ 60 mil no espaço, que deve fechar as portas em fevereiro. “É bom saber que podemos montar e desmontar tudo”, diz ele, que tem planos de fazer da Casa dos Criadores uma loja itinerante – uma das marcas de um novo tipo de comércio que se anuncia.

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NO BRASIL
André Hidalgo e Moët Chandon aderiram ao modelo