Alex Vallauri – uma retrospectiva (Galeria Francine, São Paulo) – Pouca gente sabe, mas todo dia 27 de março comemora-se no Brasil a arte do grafite. A escolha da data é uma homenagem a Alex Vallauri, artista plástico e grafiteiro de origem italiana, nascido na Etiópia e naturalizado brasileiro, que morreu naquele dia, há 13 anos. Criador da cultuada Rainha do Frango Assado – uma pin up que, nos anos 80, foi impressa em dezenas de muros de São Paulo –, Vallauri fazia misérias com tubos de spray, desenhando de diabos a deuses gregos. Suas figuras pop são o destaque da mostra que reúne mais de 100 obras, entre desenhos, gravuras – algumas coloridas a mão –, telas e recortes. Estão lá desde a produção gráfica mais antiga, com clara influência de Osvaldo Goeldi, até os trabalhos de inspiração fetichista. (I.C.)
Vale a pena

* Claudio Cretti (Marília Razuk Galeria de Arte, São Paulo) – Esta exposição do artista paraense de 35 anos, há 20 radicado em São Paulo, se compõe apenas de cinco esculturas e três desenhos. Mas são obras de concepção arrojada, que exigem do visitante um olhar mais atento. Na aparente simplicidade, seus monolitos de granito negro, mármore branco e cedro ebanizado, na verdade, mostram-se herdeiros da rica tradição da arte concreta. As peças longelíneas brincam com as noções de equilíbrio, em formas que não se esgotam num único golpe de vista propondo, assim, interessantes jogos visuais. O mesmo acontece com os desenhos em bastão de óleo sobre papel, que moldam grandes áreas pretas e assimétricas sob fundo branco. (I.C.)
Vale a pena


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