Elegante, ousado e com tecnologia muito sofisticada, o mais novo objeto de desejo dos apaixonados por equipamentos eletrônicos é o aparelho de som dinamarquês Bang & Olufsen. Antes mesmo da inauguração do seu showroom brasileiro, dia 16, 450 pessoas já aguardam ansiosamente para comprar essa jóia. Na lista de brasileiros seduzidos pelo aparelho, estão o comediante Tom Cavalcante e Thereza Collor. Fora do País, o B&O é cultuado tanto pelo diretor de cinema Steven Spielberg quanto por um monge tibetano que levou um para seu templo em busca de precisão sonora.

Para ter o prazer de colocar o CD em um B&O, cujo design é tão arrojado que está exposto no MoMA – o museu de Arte Moderna de Nova York – é preciso desembolsar no mínimo US$ 2,45 mil."Existe um modelo para cada necessidade", garante Helio Bork, diretor da Montenapoleone, empresa responsável pela comercialização do equipamento no Brasil. O BeoSound 9000 deixa os seis CDs bem visíveis, em uma espécie de vitrine. E o detalhe é que, quando pára de tocar, o título do CD fica sempre para cima para facilitar a leitura. O BeoSound 2300, pode ser programado para nunca tocar a música que o ouvinte não gosta em um determinado CD. E existe um que abre a porta dos CDs como num passe de mágica: basta passar a mão na frente. As caixas têm amplificadores embutidos, o que torna o aparelho menor do que os convencionais. "Ao ouvir um clássico, é como estar ao lado da orquestra", conta o publicitário Gianfranco Beting, feliz com o seu Bang & Olufsen, há dez anos.

 

Peça de museu – A fábrica fica numa fazenda, com ovelhas pastando em volta. A fachada é modernista de um lado e, do outro, totalmente tradicional. Durante a Segunda Guerra, a B&O cortou o fornecimento de aparelhos para a Alemanha que, em resposta, bombardeou o prédio. Após o episódio, os donos reconstruíram o edifício, mas preservaram as ruínas do bombardeio.

A empresa também tem filosofia diferenciada. Os aparelhos B&O são feitos de modo quase artesanal. Apenas 300 dos três mil funcionários participam do desenvolvimento do produto, um processo tão longo que a fábrica lança apenas dois ou três modelos por ano, número insignificante se comparado ao de outras empresas do ramo. Em dias de consumo desenfreado, quando os produtos logo caducam, o caso da B&O é quase um milagre: um modelo criado há 16 anos ainda não saiu de linha e só virou peça de museu porque está exposto na loja do MoMA.