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Enquanto a pista do GP Brasil de F 1 fervia, o almoço em seu QG em Interlagos era salada com mozzarella de búfala e fusili com picadinho de carne. Mas Bernie Ecclestone, o chefão da Formula One Management, preferiu pão francês com queijo prato. Comeu o sanduíche sem tirar os olhos de duas tevês sem som e do live timing com a posição dos pilotos. Ofereceu o vinho Merlot Decoy 2011 e o especial Opus One 2010. Mas ele optou pela cervejinha.

“Alonso é muito melhor do que qualquer outro na corrida de hoje. Talvez ganhe e Vettel talvez seja segundo”, comenta o chefão. Para Ecclestone, Vettel é o melhor piloto do mundo. A corrida prossegue e o barulho dos motores também. Glenda Kozlowski, da Globo, chega para uma tomada e aguarda o chefão dar o sinal verde para gravar. “Felipe (Massa) cometeu um grande erro e voltou posições. Mas a corrida está boa e cheia de torcedores”, diz.

Aos 83 anos, casado há quatro com a brasileira Fabiana Flosi Ecclestone, 37, e dono de uma fortuna estimada em R$ 8,5 bilhões, Ecclestone não para. Sorri pouco, mas é envolvente com os amigos. Gosta de piscar o olho e mostrar a língua para a jovem esposa. Na véspera da corrida, o casal jantou no restaurante Gero com Claudia Ito, chefona do GP Brasil, o ex-diretor Tamas Rohonyi e o casal de amigos Gilberto Miranda e Carol Andraus. No fim do jantar, assinaram o rótulo do Château Lafite 1982 para brindar a noite.

Assistir à corrida com a lenda viva do maior circo do automobilismo é mais ou menos como estar em casa, vendo a corrida pela tevê, à espera do almoço. Exceto quando Fernando Alonso aparece na sua frente na salinha do big boss, meia hora antes da largada. Era o último piloto a autografar a bandeira do Brasil a ser presenteada a Mark Webber após sua última corrida. Dessa sala, Ecclestone não vê os carros de corrida. De lá, toma providências e conversa no corredor dos boxes. O prefeito Fernando Haddad passa ali. A vice-prefeita Nadia Campeão senta-se com a diretora do GP Brasil, Claudia Ito, e toma café. O Celebrity Coffee degustado é negócio próprio. Bernie e a mulher, ex-executiva do GP Brasil, têm uma fazenda de café em Amparo (SP) e a marca está em fase de largada.

Fim de corrida. Bernie parece satisfeito, exceto pelo mau tempo. O heliponto fecha. Costumamos voltar para Londres no meio da corrida. Mas ficamos. A família gostou”, diz Fabiana, ao lado da mãe. Dona Aparecida, que mora em Interlagos, onde a primeira-dama da F 1 cresceu, é quem aproveita: “Não sei quando nos veremos. O que importa é que estão felizes.” Enquanto espera o heliponto reabrir, o chefão britânico olha o céu nublado. “Bernie, posso tirar mais uma foto?”, pergunto, contrariando a recomendação da esposa, por ele já estar cansado. “My pleasure”, diz. “Are you enjoying?” Naquela hora, chega Vettel, seguido por fotógrafos, e o abraça. Christian Horner, o chefão da Red Bull, mostra-lhe a taça. Na sequência, Webber toma a bênção.

O heliponto reabre. Seguimos de carro até o heliponto do autódromo. Há uma troca repentina de helicópteros. Seria o último a decolar. Voamos sob certa tensão, mas peço a última foto a bordo. Pousamos. Ele desembarca e nos ajuda a descer. Fabiana abre o sorriso de alívio. E Ecclestone se despede: “See you again.”

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“ Eu não penso em morrer”
“Quando vou contar mentiras para você?”, brinca Bernie, antes da corrida. Neste papo sobre vida, ele diz: “Gente de sucesso não trabalha por dinheiro, mas por desafio.” A seguir, trechos da conversa:

ISTOÉ – A história da F 1 é quase a sua história…
Bernie Ecclestone –
(Ele ri) Não muito. Tenho um time que trabalha comigo, sou envolvido com isso há mais de 30 anos. Mas tenho outros negócios e isso é só uma parte do que faço.

Vendo-o trabalhar, não parece ter a idade que tem (83 anos). Como se sente?
Tenho que continuar, não? Eu me sinto o mesmo que fui há 40 anos. Faço as mesmas coisas. Não mudei.

Na F 1, pilotos parecem não ter medo da morte. Tem medo da morte ou de alguma coisa?
Não tenho medo de absolutamente nada. Nunca tive. Não me preocupo antes das coisas acontecerem. Quando acontecem, tento reagir da melhor maneira possível. Vivo o presente, dia após dia.

E a sua vida com Fabiana?
É uma garota adorável, ótima pessoa, estou muito feliz. Nos conhecemos numa corrida há alguns anos. Não sabia quem ela era. Fomos apresentados e estamos juntos até hoje. É inteligente, confidente. Ela está me ensinando a me tornar mais relax. Mas eu nunca consigo relaxar. A diferença de idade não importa. Ela é feliz e eu também.

Sua relação com ela o liga mais ao Brasil?
Faz 45 anos que venho ao Brasil. Conheço bem o País. Sempre digo que os brasileiros são muito amáveis. 

Que sonhos tem hoje?
Somente acordar amanhã. Não preciso de mais nada. Tenho sorte em fazer o que gosto. Sou feliz com minha vida, com o que faço. Não tenho frustrações. Quero só acordar com Fabiana e tomar café com ela.

Como imagina a F 1 sem você?
Diferente. Ninguém sabe. Sempre mudamos tecnicamente. Em 2014 será uma grande ­mudança. O mundo muda e temos que mudar também. Mas uma corrida sempre será uma corrida.

F 1 é um grande negócio por sua causa?
Não tenho ideia. Só sei que as coisas acontecem. Faço do meu jeito. Talvez alguém possa fazer melhor. Só faço diferente.

Gostaria de ter mais filhos?
Não. Estou velho demais para isso. Mas Fabiana gostaria de ter uma família, com certeza. E estou bem com isso.

É um homem apaixonado pela vida?

Não, sou apaixonado por Fabiana. É o suficiente.

Qual o rumo da sua fortuna após a sua morte?
Tenho uma família com minha ex-mulher e tenho Fabiana. Mas eu não penso em morrer. A sorte que tive na minha vida foi que sempre tive saúde. Uma vida verdadeira torna as coisas reais.

Qual a melhor coisa da vida?
Estar vivo.

De mãos reais

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 Isabelli Fontana será homenageada na Espanha, na segunda-feira 2, pela revista “Telva”, em jantar de gala no Palácio de Correos, em Madri, com a presença da família real espanhola. “Ainda não tive essa honra, mas estou certa que os conhecerei”, disse a top, que confessa não fazer ideia se o prêmio será entregue pelo rei Juan Carlos ou pela rainha Sofia. Além da top, Riccardo Tisci, diretor criativo da Givenchy, será premiado melhor estilista do ano. Na revista, Isabelli é definida com a música “Coisa Mais Linda”, de João Gilberto. Na foto, ela posa para a campanha de inverno 2014 da grife Morena Rosa.

“O que é funk?”

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 No Brasil, Joshua Bowman, da série americana “Revenge”, descobriu que não é bom de ginga. Dançou funk e achou que fosse samba. “Não era samba? O que é funk?” E a caipirinha? “Adorei. Me ajudou a dormir.” Ele estrelou campanha da grife John John. O ator namorou Amy Winehouse, em 2009, e Miley Cyrus em 2011. Hoje namora Emily VanCamp, seu par em “Revenge”. “Gosta de garotas problema ou depois de você elas viram problema?”Joshua escapa: “Estou apaixonado. Sou um cara de sorte.” Até agora, Emily é garota certinha.

fotos: Gisele Vitória (Bernie Ecclestone); Jacques Dequeker (Isabelli Fontana); Agnews (Joshua Bowman)