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Impossibilitado de trabalhar em razão de duas cirurgias (uma no tendão do ombro e outra no menisco do joelho), o coreógrafo Rodrigo Pederneiras teve apenas dois meses para finalizar o novo balé do Grupo Corpo, que estreia na quarta-feira 20, no Teatro Alfa, em São Paulo. A sensação de trabalhar no limite marcou a criação e deu nome ao espetáculo, “Triz”. Diante de um cenário composto por 15 km de cabos de aço esticados do chão ao teto, os 21 bailarinos da companhia executam movimentos entre o choque e a suavidade. O figurino preto e branco faz confundir o corpo dos dançarinos e o efeito se repete nos duos, trios e coreografias em conjunto. Mais uma vez, a trilha sonora foi feita por Lenine, que usou apenas instrumentos de cordas para enfatizar a sensação de se “estar por um fio”.

+5 parceiros do Grupo Corpo

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Arnaldo Antunes
(FOTO) Assinou a trilha de “O Corpo”, em 2000. Pela temática ser urbana, usou apenas sonoridades eletrônicas

João Bosco
Levou a negritude para o balé mineiro em “Benguelê”, de 1998, que se inspira no congado e no maracatu

Tom Zé
Em 1997 ele compôs com José Miguel Wisnik a música de “Parabelo”, em que deu acabamento contemporâneo a ritmos regionais

Caetano Veloso
Criou, em coautoria com José Miguel Wisnik, as canções de “Onqotô”, de 2005. O espetáculo trata da origem do universo

Uakti
O grupo experimental mineiro é um colaborador antigo da companhia: assinou as trilhas de “21” (1992) e “Sete ou Oito Peças para um Ballet” (1994)