O Ministério Público Federal está de olho no savoir faire da Centralização de Serviços de Bancos (Serasa), empresa que cruza dados cadastrais de pessoas físicas. Após ler reportagem publicada por ISTOÉ que aponta práticas que colocam em risco a privacidade, o procurador regional do Distrito Federal, Oswaldo Barbosa Silva, decidiu investigar o serviço da Serasa que dá pontuação de 1 a 1000 para o consumidor e sua probabilidade de virar inadimplente. O programa leva em conta o salário, empréstimos e até cheques pré-datados emitidos. "Não somos a favor do inadimplente. O que nos interessa é defender os direitos do cidadão", afirma. Além de pedir esclarecimentos sobre o sistema, o procurador foi a campo. Constatou que lojistas usuários da Serasa violam o Código do Consumidor. "Eles não informam à clientela que os dados cadastrais fornecidos pelos clientes serão divulgados a terceiros." A assessoria da Serasa garante exigir dos lojistas autorizações por escrito de sua clientela para que seus dados pessoais sejam liberados para terceiros.