Médicos doentes
A velha história da "casa de ferreiro, espeto de pau" está servindo para caracterizar a situação vivida pelos médicos da Inglaterra. Uma pesquisa feita naquele país revelou que esses profissionais estão estressados, com a saúde debilitada e bebendo ou usando drogas para enfrentar a pressão da profissão. Mais da metade dos 3,3 mil profissionais entrevistados admite que o trabalho está afetando a saúde. Dor nas costas, insônia, má digestão, dor de cabeça e distúrbios intestinais são os sofrimentos mais frequentes entre os médicos ingleses. No Brasil, a qualidade de vida dos médicos não é muito diferente.

 

Coração valente
Uma notícia importante fez a revista The New England Journal of Medicine, uma das mais importantes na área médica, antecipar sua edição. Tudo para anunciar que o medicamento Aldactone, do laboratório Searle, associado ao tratamento tradicional da insuficiência cardíaca, pode diminuir em 30% as mortes e em 36% as internações causadas pelo problema (no Brasil são 400 mil por ano). Os resultados são de uma pesquisa feita em 15 países, incluindo o Brasil. O remédio, que tem o nome genérico de espironolactone, age como um diurético e por isso diminui a pressão. Um detalhe: a droga custa, em média, R$ 9.

 

Perigo à vista
Dormir com lentes de contato não é boa idéia. Um estudo feito na Holanda mostra que o hábito aumenta as chances de infecções oftalmológicas. Dos voluntários estudados, de cada 500 que dormiram com suas lentes, um contraiu uma infecção na córnea. Em 15% dos casos, essa infecção pode levar à perda da visão. Dormir com as lentes vez ou outra, porém, parece não causar dano.

 

Gene da dor
Cientistas americanos descobriram que um gene é o responsável pelo fato de as pessoas sentirem mais ou menos dor. É ele que determina a quantidade de receptores celulares que cada um terá para receber substâncias analgésicas, entre elas a endorfina. "Quanto menos receptores, mais dores", explica o neurologista paulista Marcos Stavali.

 

Cápsulas contra HIV
Uma substância utilizada para revestir pílulas, o acetato ftalato de celulose, pode se tornar uma nova forma de combater doenças sexualmente transmissíveis (DST), incluindo a Aids. Cientistas do Hemocentro de Nova York, nos Estados Unidos, comprovaram que, em forma de creme, o uso da substância em ratos ajudou a impedir a transmissão dessas doenças. Segundo os pesquisadores, além de eliminar vírus e bactérias nocivas, também há grandes chances de o produto ter poder contraceptivo, embora ainda não tenha sido testado contra espermatozóides.

 

Além do colesterol
Estudo feito em Harvard, nos Estados Unidos, mostra que a pravastatina, droga para diminuir o colesterol, possui outra vantagem na prevenção de ataques cardíacos e derrames. O remédio também ajuda a reduzir as inflamações causadas pelo acúmulo de certos tipos de proteínas nas artérias, problema que contribui para o seu entupimento. Dos 472 homens que participaram do estudo, aqueles que tomaram a droga tiveram um nível 38% menor dessas proteínas. É algo como matar dois coelhos com uma cajadada só.

 

 

Por Cilene Pereira – Colaboraram: Marina Caruso e Katia Stringueto