Nos próximos dias, os delegados Antônio Carlos Lessa e Alcides Andrade irão entregar à Justiça de Alagoas o relatório final das investigações sobre as mortes de PC Farias e Suzana Marcolino. Além de afirmar que o casal foi vítima de um duplo homicídio, conforme ISTOÉ tem reportado desde junho de 1996, o documento irá comprometer o deputado Augusto Farias, irmão de PC. Até a tarde da sexta-feira 16, os delegados tinham dúvidas se indiciariam o parlamentar como co-autor dos homicídios. Mas tinham certeza de que ele participou da farsa montada para proteger o assassino, o que é crime. "Está provado que as testemunhas ligadas à família de Suzana foram pressionadas e tudo o que fosse contra a tese do crime passional foi ignorado", disse Andrade. "Também está claro que o deputado sempre defendeu a versão do suicídio de Suzana e dá proteção àqueles que mantêm essa tese", completou Lessa. A convicção dos delegados foi fortalecida na última semana, depois de ouvirem três testemunhas ligadas à família de Suzana. Em junho, ISTOÉ antecipou o conteúdo desses depoimentos. As testemunhas apresentaram fotos feitas no IML que confirmam a versão de que a moça fora agredida antes de ser morta e reafirmaram que o chefe dos seguranças de PC, Reinaldo Lima, havia dito que ela estava viva no momento em que encontraram PC morto.


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