Há uma confusão no ar que se reflete direto no prato. Quase diariamente, surgem resultados de novas pesquisas que colocam de cabeça para baixo tudo aquilo que se imagina conhecer sobre a influência dos alimentos no controle ou no aumento do colesterol, um dos vilões da saúde. De repente, o ovo, alimento que não se podia chegar nem perto por causa do seu alto teor de colesterol, é redimido. Já sobre a margarina aparecem indícios de que talvez ela seja menos inocente do que se imaginava. Deu a louca nos cientistas? Não, muito pelo contrário. Com o aprofundamento dos estudos, o fato é que a ciência começa a dar a medida certa dos defeitos e virtudes de cada alimento na sua relação com o colesterol.

E essa preocupação tem motivos mais do que justificáveis. Gordura produzida pelo organismo para ajudar na formação das membranas das células e dos hormônios, o colesterol também entra no corpo por meio da ingestão de alimentos de origem animal. Além disso, a quantidade da gordura aumenta com a idade, o peso, predisposição genética e algumas doenças como a que afeta a tireóide. Mas existem dois tipos dessa gordura: o LDL (low density protein), que se deposita nas artérias podendo até entupi-las, provocando derrames e infartos e por isso chamado de mau colesterol, e o HDL (high density protein), apelidado de bom colesterol porque tem a função de carregar dos vasos o mau colesterol. E no Brasil, como no resto do mundo, o bandido leva ampla vantagem sobre o mocinho. Uma pesquisa conduzida pelo Grupo Nacional de Estudo do Colesterol com o apoio da Sociedade Brasileira de Cardiologia, do Ministério da Saúde, e da Merck Sharp & Dohme, cujos resultados serão publicados no próximo número da Cardiovascular Disease Prevention, revista oficial da Sociedade Internacional de Cardiologia, mostra que, na média, o brasileiro tem uma taxa de colesterol aceitável de 183 mg/dl – o ideal é não chegar a 200 mg/dl. Mas dos 8.045 voluntários estudados, de 14 a 70 anos, em nove capitais brasileiras, 32,4% estão com a taxa de colesterol elevada. E ultrapassar a barreira dos 200 mg/dl é como mexer com fogo. Em média, 80% dos eventos cardiovasculares acontecem nesses casos. "E, pela amostra da pesquisa, acreditamos que há cerca de 21 milhões de jovens e adultos com risco aumentado de ter uma doença cardiovascular", explica Armênio Guimarães, coordenador da pesquisa. Salvador, Porto Alegre e São Paulo são os Estados com maior índice de colesterol, enquanto Goiânia e Manaus manifestaram as menores taxas.

Com um jogo de placar tão desfavorável para o ser humano, é natural que a medicina se debruce sobre a importância dos alimentos na diminuição ou no aumento do colesterol. Afinal, é basicamente na mesa que se pode escolher entre domá-lo definitivamente ou perder de vez a partida. É claro que a responsabilidade da genética não pode ser desconsiderada. "No mínimo 5% da população tem alguma razão genética que faça o colesterol aumentar sua circulação no sangue. E nesses casos é necessário o uso de medicamentos para controlá-lo", afirma Tânia Martinez, especialista no metabolismo de gorduras, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Sabe-se, é verdade, da importância dos exercícios físicos no seu controle. "A atividade física é a única forma bem comprovada de elevar as taxas do bom colesterol porque o estímulo da musculatura favorece sua síntese", defende o cardiologista Bruno Caramelli, da Universidade de São Paulo. E, nesse caso, não é preciso muito esforço. Trinta minutos de caminhada por dia bastam. Em Porto Alegre há dez anos, o paulista Carlos Humberto André, 52 anos, caminha, faz esteira e bicicleta por recomendação médica desde que sofreu um infarto em 1997. "Quero fazer tudo o que estiver ao meu alcance para evitar entrar numa unidade de terapia intensiva de novo", diz ele, satisfeito em manter sua taxa de colesterol sob controle.

Mas é com a alimentação que se consegue cortar 15% do colesterol. "E a cada 10% de redução nessas taxas, diminui-se em 20% o risco de doenças coronárias", lembra o cardiologista baiano Armênio Guimarães. É justamente por isso que a ciência intensifica uma triagem entre o que deve ou não estar na mesa quando o assunto é controle do colesterol. A tarefa, no entanto, é árdua e complicada. Isso porque, para saber o efeito de determinado alimento nas taxas de colesterol, não basta simplesmente medir a quantidade que ele apresenta dessa gordura. Outros componentes, e inclusive outros tipos de gorduras contidos no alimento, também devem ser analisados para saber, se, nas contas finais, ele ajuda ou complica a vida de quem briga contra o LDL. Foi com esse balanço que a ciência aliviou um pouco a carga de vilão colocado sobre o ovo, por exemplo. Embora ele seja riquíssimo em colesterol, possui quase nada de outra gordura perigosa, a saturada. Esse tipo de gordura ajuda a formar ainda mais colesterol (o outro tipo de gordura é a insaturada, que está dividida em dois subtipos: monoinsaturada, classificada como boa porque auxilia na diminuição do mau colesterol sem reduzir as quantidades do bom colesterol, e a poliinsaturada, que ajuda a reduzir as taxas gerais de colesterol). Por isso, para uma pessoa que não tem taxas elevadas de colesterol, o ovo pode muito bem entrar no cardápio desde que na contabilidade final do dia não se ultrapasse o limite de consumo de colesterol de 300 mg. O ovo contém, sozinho, 213 mg.

 

Margarina A margarina entrou no rol dos alimentos sob suspeita pelas mesmas razões que redimiram parcialmente o ovo. Até recentemente, sempre se acreditou que consumir o produto era melhor do que comer manteiga. Afinal, a manteiga tem gordura de origem animal, fonte do famigerado colesterol, e a margarina é de origem vegetal. Mas o que acaba de ser descoberto é que o processo de solidificação da margarina acaba transformando sua gordura vegetal em saturada, e isso contribui para a obstrução das artérias. Portanto, o ideal é ir com moderação no seu consumo.

A ciência tem investigado com especial devoção os alimentos que parecem ser benéficos no controle do colesterol. As pesquisas com o vinho e a berinjela são exemplos desse interesse. No Incor, uma experiência em coelhos demonstrou que o vinho e o suco de uva diminuíram a formação de placas de gordura. Os animais que ingeriram vinho tiveram 38% das artérias tomadas por placas de gordura, os que tomaram suco de uva, 45%, e os que não receberam nenhuma das bebidas ficaram com 69% da aorta comprometida. "Estamos testando as bebidas em 24 pacientes com colesterol elevado para checar se os efeitos se repetem e se há maior dilatação das artérias", diz Protásio Lemos da Luz, coordenador das pesquisas. Se os benefícios forem comprovados, o suco de uva poderá ocupar o lugar do vinho, já que o álcool pode aumentar a pressão arterial e é contra-indicado para hipertensos. A análise desses testes requer sempre muita cautela. No mês passado, por exemplo, um estudo na Inglaterra concluiu que o uso de bebida alcoólica dobrou o nível de derrame em seus usuários.

 

Polêmica Sobre os efeitos da berinjela, ainda paira a polêmica. O Incor testou o suco da fruta, misturado com suco de laranja, em 19 pacientes, durante três semanas, e ninguém apresentou alteração nos níveis de colesterol nos seus exames de sangue. A pesquisa contradiz outra, feita na Universidade de Campinas (Unicamp) dois anos atrás. Nela, coelhos que receberam a bebida tiveram redução de 20% nas taxas de colesterol. Mas o suco de berinjela não funcionou para a administradora Ana Maria da Cunha, 49 anos. "As taxas baixaram um pouco, mas não o suficiente. Por isso minha médica achou mais seguro incluir um medicamento no cardápio do café da manhã", diz. Ana Maria tomou a atitude correta. "Tomar vinho ou suco de berinjela não é uma alternativa. As pessoas não devem parar de fazer aquilo que realmente dá certo", conclui Bruno Caramelli.

Certos alimentos, contudo, merecem todo o crédito. Recentemente foi divulgado no Journal of the American Medical Association um estudo com mulheres mostrando que uma dieta rica em fibras, provenientes de cereais, pode reduzir em até 23% o risco de doenças coronárias. De acordo com o trabalho, feito durante dez anos com 68,7 mil mulheres, esta redução foi alcançada por aquelas que ingeriram cerca de 23 g de fibras por dia, praticavam exercícios, não fumaram e comeram mais frutas e legumes. Em geral, isso ocorre porque as chamadas fibras solúveis (presentes na aveia, entre outros cereais), atuam na prevenção de problemas cardíacos. Na aveia, por exemplo, existe um composto chamado beta-glucano que controla o mau colesterol. Pesquisas americanas indicaram que três gramas do composto são capazes de reduzir o colesterol em até 5%.

No time dos alimentos que já receberam o sinal verde no combate ao colesterol, junto com as fibras das frutas, verduras e legumes, também estão o azeite de oliva e os peixes, especialmente os de água fria. Esses dois ingredientes estão presentes na dieta dos povos mediterrâneos e dos japoneses, que possuem os menores índices de doenças coronárias no mundo. O azeite contém 70% da boa gordura. Aliás óleos como o de girassol e o de milho possuem Ômega 6 uma variedade de gordura que também controla os níveis de colesterol. Quanto aos peixes, a gordura predominante é do tipo Ômega 3, e também reduz colesterol.

Como se vê, com a seleção certa à mesa e alguma disposição para o exercício físico é possível domar o vilão. É o que faz o economista Ademir Pozzani, 50 anos. Ele lê tudo sobre o assunto, faz ginástica e tem uma alimentação supersaudável. Come farelo de aveia todos os dias, frutas, muitas verduras e legumes e, metade do mês, prepara um suco de berinjela matinal. "Conheço o colesterol desde os 33 anos, quando precisei fazer uma ponte de safena. Minhas taxas são altas por conta de um problema genético. Mas com esse arsenal consegui baixar minhas taxas de 280 mg/dl para 240 mg/dl", comemora.

Por um erro, foi publicado na capa desta edição que 40% dos brasileiros têm taxas acima do recomendado. O número certo é 32,4%. Ainda assim preocupante.

 

Solução na mesa
Novas categorias de alimentos revolucionam o cardápio e a saúde do brasileiro

 

THIAGO LOTUFO

Se a alimentação é fundamental para controlar o colesterol, nada melhor do que oferecer produtos práticos que apresentem essa e outras funções para melhorar a saúde. Pensando nessa estratégia, a indústria de alimentos investiu em lançamentos capazes de atrair quem come pensando tanto na saúde quanto no prazer. Recentemente, chegaram às prateleiras dos supermercados leites e ovos que dão uma mãozinha para quem deseja reduzir as taxas dessa gordura no sangue. A Nestlé lançou o Ômega Plus, que contém os ácidos Ômega 3 e Ômega 6. Já a Parmalat colocou no mercado outra novidade nessa área: o Parmalat Ômega 3. Para quem preferir, há também os ovos Pufa, também enriquecidos com Ômega 3.

No caso desses produtos, não se trata de propaganda enganosa. Os Ômegas realmente funcionam e estão sendo defendidos, inclusive, para bebês prematuros e crianças de até três anos. Um estudo feito pelo especialista holandês em nutrição infantil Jan Taminiau, que esteve recentemente no País, e outros dois trabalhos internacionais (no Chile e na Inglaterra) constataram que esses ácidos desempenham importante papel na formação do cérebro e no desenvolvimento mental da criança. "Os estudos mostram que uma suplementação com os Ômegas é benéfica para o desenvolvimento infantil", conta Taminiau. Quem experimentou gostou. É o caso do personal trainer José Alexandre Filho, 31 anos. Ele não tem colesterol alto, mas inclui um litro de leite com Ômega 3 no seu dia-a-dia. "É bom prevenir", afirma.

Na verdade, produtos como esses novos leites estão incluídos numa nova categoria batizada de alimentos funcionais. Esse tipo de produto é considerado funcional porque age além de seus aspectos nutricionais básicos e pode ajudar no tratamento e na prevenção de doenças. O que lhes confere tal propriedade são os chamados compostos bioativos, que são substâncias de nomes estranhos, como licopeno, flavonóides e ômegas, por exemplo, naturalmente presentes nos alimentos – em sua grande maioria nas verduras, nos legumes e nas frutas. Outros exemplos desse tipo de comida são os cereais com alto teor de fibra e também os leites fermentados contendo lactobacilos.

Enriquecidos Mais antigos nas prateleiras, mas também em quantidade cada vez maior, estão os chamados alimentos enriquecidos. São aquelas dezenas de biscoitos, cereais, leites, entre outros produtos, que recebem na sua composição a adição de vitaminas e sais minerais. E também nessa categoria há, de fato, benefícios para a saúde. A adição de ferro em vários produtos é exemplar. Na alimentação normal, as principais fontes do mineral são a carne e o feijão (neste caso o ferro é mais bem absorvido se acompanhado de alimentos com vitamina C). Mas seria necessário comer muito destes dois alimentos para se alcançar a Ingestão Diária Recomendada (IDR), padrão internacional determinado por especialistas, do mineral. "No espinafre e na gema do ovo também tem ferro, só que ele é muito pouco absorvido pelo organismo", explica Silvia Cozzolino, presidente da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição.

O resultado de tanta dificuldade para obtenção de ferro é a anemia. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 4,8 milhões de crianças de até dois anos têm a doença, que pode comprometer o crescimento, atrasar o desenvolvimento cerebral e diminuir a resistência às infecções. Uma pesquisa realizada em 1995 pelo pediatra Mauro Fisberg, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mostra, no entanto, como um produto enriquecido com o mineral ajuda a combater o problema. O produto analisado foi o danoninho (queijo tipo petit suisse da Danone, que vende quatro milhões de unidades por mês no Brasil) adicionado de ferro. O objetivo era saber se o queijo ajudaria a prevenir a anemia em crianças até cinco anos. O trabalho foi feito com dois grupos de 60 crianças, sendo que em ambos havia casos de anemia. No final, o pediatra verificou que no grupo que recebeu o danoninho a ocorrência de anemia foi bem menor. "O produto ajudou a melhorar as reservas de ferro", diz Fisberg. A vendedora de carros Luciana Aristóteles, 22 anos, comprova na prática esses efeitos. Ela dá a sua filha, Janaína, de um ano e oito meses, não só leite com ferro como também o danoninho acrescido do mineral. "O ferro virou obrigação", diz ela.

A adição de cálcio é outro exemplo de como se pode comprar um pouco mais de saúde ao levar para casa um produto enriquecido com o mineral. Na infância e na adolescência, o cálcio participa do crescimento do indivíduo e da formação de ossos e dentes. Durante a fase adulta, ajuda a prevenir a osteoporose. "Mas a nossa dieta é baixa em cálcio", diz Silvia. A IDR do mineral proposta atualmente é de 1.200 miligramas, mas 100 mililitros de leite, por exemplo, que é uma das suas principais fontes, tem, em média, apenas 120 miligramas. Ou seja, seria necessário tomar um litro para satisfazer as necessidades do dia. A verdade é que nem mesmo só comendo em casa pode-se evitar alguma deficiência. Isso porque ao cozinhar demais um alimento ou simplesmente repetir o prato do almoço no jantar já se pode comprometer a obtenção dos diversos nutrientes. Além disso, as deficiências podem atingir tanto os ricos como os pobres. "Nem sempre quem tem maior poder aquisitivo se alimenta melhor", afirma Silvia. Uma pesquisa preliminar feita pelo médico ortomolecular Efrain Olszewer com 36 pessoas saudáveis das classes média e alta paulistanas mostrou que 86% tinham falta de selênio, 50% de vitamina B1, 44% de magnésio e 17% de enxofre. "Essas deficiências podem estar ligadas aos maus hábitos, à forma como os alimentos são produzidos e às suas origens, que podem ser de solo contaminado com metais pesados", diz Olszewer.

 

Escolha Diante das inúmeras opções de alimentos enriquecidos dispostos no supermercado, no entanto, é compreensível que uma enorme confusão habite a cabeça do consumidor. Na hora da escolha, porém, é fundamental levar em conta dois pontos. O primeiro é que cada faixa etária e cada um dos sexos, além de normalmente precisarem de todos os nutrientes, possuem necessidades específicas. As crianças e os adolescentes, por exemplo, devido ao crescimento e a hábitos alimentares inadequados, precisam de mais cuidado para obter ferro, cálcio, vitaminas do complexo B e vitamina C. Já as grávidas e as lactantes devem prestar mais atenção às vitaminas A, C, B6, B12 e ao ácido fólico e ao ferro. O segundo se refere à substituição de alimentos. Um danoninho não vale por um bifinho nem por um prato de cereal matinal enriquecido por três bananas, por exemplo. Eles até podem ter algumas vitaminas ou sais minerais iguais, mas o restante é muito diferente. "Cada alimento tem a sua função e quantia adequada na alimentação. É importante variar e comer de tudo. Proteínas, carboidratos, gordura e açúcar e vitaminas e minerais", explica o pediatra Mauro Fisberg.

Colaboraram: Marina Caruso (SP) e Valéria Propato (RJ)

 

Confusão transgênica

Entre a nova safra de lançamentos, não se sabe ainda qual papel terão os transgênicos. Esses alimentos são aqueles cujas sementes foram alteradas com o DNA (material genético localizado no interior das células) de outro ser vivo (como uma bactéria ou fungo) para funcionarem como inseticidas naturais ou resistirem a um determinado tipo de herbicida. Mas a soja, o milho e o algodão, entre outros produtos transgênicos, estão causando polêmica. Empresas, produtores e cientistas que defendem a nova tecnologia dizem que a soja transgênica, por exemplo, vai aumentar a produtividade e baratear o preço do produto. "Os custos na lavoura serão reduzidos e os consumidores terão alimentos com menos agrotóxicos", diz Luiz Antônio Abramídes, diretor da área de regulamentação da Monsanto, multinacional que quer explorar a soja transgênica no Brasil. Os que a atacam, como os ambientalistas e outra parcela de pesquisadores, afirmam que o produto é perigoso: ainda não se conhece nem os seus efeitos sobre a saúde humana nem o impacto que pode causar ao meio ambiente. "Para controlar novidades como os transgênicos, deveríamos ter uma ciência muito mais desenvolvida", acredita Volnei Garrafa, professor de Bioética da Universidade de Brasília (UnB).

No Brasil, que é o segundo maior produtor de soja do mundo, com 30 milhões de toneladas anuais, a produção de soja transgênica está proibida por enquanto. Apesar da proibição, nada garante que o consumidor brasileiro já não esteja comendo produtos feitos com transgênicos. Eles podem estar chegando a partir da importação de alimentos e matérias-primas de países como a Argentina e os Estados Unidos, que já cultivam e comercializam os transgênicos há alguns anos e não costumam identificá-los.