Com 41,5% de votos, Angela Merkel elegeu-se para o seu terceiro mandato como primeira-ministra da Alemanha e garantiu para o seu partido, a União Democrata Cristã, o melhor resultado no Parlamento desde 1990. A dama de ferro da economia alemã (alusão à ex-chanceler britânica Margaret Thatcher) traz em sua biografia recente a explicação do sucesso no escrutínio: sob seu comando despencaram as taxas de desemprego no país em meio a uma combalida União Europeia: são 5,4% contra a média de 10,9%. O desafio será, no entanto, agora maior, até porque na atual conjuntura ela depende mais do que nunca de seus vizinhos – e, “se eles não se recuperarem, a estabilidade alemã não se manterá”, vaticina o economista americano Joseph Stiglitz, ganhador do Nobel em 2001.