Morreu no Japão, na semana passada, aos 100 anos de idade, Eiji Toyoda, o grande criador do modo de produção que levou a Toyota à posição de liderança entre as maiores montadoras de todo o mundo. Sua metodologia: colocar em prática sugestões que seus funcionários lhe davam, não importando se trajava gravata de alto executivo ou luva de apertador de parafuso. Se a ideia funcionasse, ótimo; se não desse certo, bola para a frente. Essa é a filosofia Kaizen. Outro trunfo é o just-in-time, esforço diuturno para eliminar desperdícios: “Nossos funcionários oferecem cerca de dois milhões de sugestões por ano, e 95% delas são aproveitadas”, costumava declarar Toyoda. Passagem curiosa de sua vida: mandou traduzir o manual de trabalho da Ford para o japonês, e onde aparecia no texto a palavra Ford ela foi trocada pela palavra Toyota. Dizia ele: “É preciso trabalhar com o cérebro e não só com as mãos.”