O Itamaraty não anda com sorte: é crise envolvendo diplomata veterano, como no caso da fuga do senador boliviano, e é crise envolvendo calouro a diplomata nos exames seletivos. Nele está havendo concurso e, de acordo com o seu edital, para ingressar na fração de cotas basta se autodeclarar afrodescendente – o que vale é a palavra, não a tez, e de fato não se pode partir da premissa de que alguém esteja mentindo. A presunção da inocência, prevista na Constituição, acima de tudo. Na semana passada estourou a polêmica envolvendo o candidato Mathias Abramovic. Ele se proclamou afrodescendente no momento da inscrição, apesar de ter pele branca e olhos verdes. Na classificação geral, Mathias ficou dois pontos abaixo do último colocado (nota 47.50), mas foi considerado aprovado porque concorreu como cotista e tal sistema tem uma classificação separada. Você decide: o que deve contar é a cor da pele ou a ascendência que a pessoa diz ter?


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias