Esculturas monumentais européias, como o próprio título diz, é o que se pode chamar de uma exposição de peso. Não apenas pelas 30 toneladas que somam as 21 obras em exibição até 7 de agosto na praça Paris, na Glória, Rio de Janeiro, como pela sua expressividade. Patrocinada pela prefeitura e pela União Européia, a mostra é uma homenagem ao encontro de chefes de Estado que acontece na cidade nesta semana. Entre as esculturas de grandes dimensões, a que mais pesa é Sud II, do italiano Mimmo Paladino, com seis toneladas e seis metros de altura. Na competição de grandiosidade vem Angle de 53.5, do francês Bernard Venet, com duas toneladas. Uma das mais "levinhas" é a Tour ballerine, do francês Dubuffet, que pesa 150 quilos. Estarão lá também La lecture, de Fernand Léger, de quase três metros, e Le Monde, de Niki de Saint-Phalle, conhecida pelo trabalho colorido e muito bem-humorado já exposto no Rio de Janeiro e em São Paulo há cerca de dois anos. A curadoria selecionou ainda trabalhos do espanhol Joan Miró, dos franceses Émile-Antoine Bourdelle e Auguste Rodin, do inglês Henry Moore e do português Jorge Vieira. Gênio do pouso eterno, de Rodin, e La France, de Bourdelle, são as duas únicas esculturas que não vieram da França. A primeira está no consulado francês, no Rio, e a segunda na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, para onde a exposição segue em agosto.

Antes de desembarcar no porto carioca em dois navios, a exposição ocupou outros espaços públicos como a avenida parisiense Champs Elysées e a Quinta Avenida, em Nova York. No Rio, a escolha da praça Paris partiu do prefeito Luiz Paulo Conde e faz parte de um projeto da prefeitura de revitalizar o local. Tem tudo para dar certo. A escultura Lentille percée, da francesa Marta Pan, de 600 quilos, estava prevista para ser instalada no espelho d’água e assim trazer um toque a mais de glamour. À noite, um show de luzes nas cores das bandeiras do Brasil e da França dará ainda mais impacto à grande mostra ao ar livre.