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Em vez de regimes rápidos e agressivos, Penélope Nova escolheu alimentação
regrada e exercícios contínuos para ficar em paz com o corpo e a saúde

Com a aproximação da morte anunciada da MTV Brasil como a conhecemos, entrevistas, lembranças, programas antigos e até  algumas reuniões de ex-VJs vieram à tela. Para quem era fã do canal há mais tempo, o nome Penélope Nova provavelmente é associado a uma menina coberta por tatuagens, quando isso ainda não era tão frequente, e mais pesada e recheada do que a maioria esmagadora de suas colegas de holerite, quase sempre falando sobre sexo e relacionamentos.

Nas fotos e nos encontros atuais porém, o espectador vai se deparar com uma composição corporal bastante diferente.
Por conta de uma importante reeducação alimentar, dos exercícios com peso e de um estilo de vida bem mais regrado, a filha do rocker Marcelo Nova tem hoje uma aparência diferente. Seu corpo de estatura baixa está coberto por musculatura bem mais definida e tonificada. Há muito menos espaço para a famosa “massa gorda”, agora substituída pela magra, e, mais importante, ela parece ter encontrado um ponto de equilíbrio entre a autoestima, a saúde e o conforto com a própria imagem.

Em resumo, sua opção foi deixar de lado a comilança sem freios e regras, que assola boa parte da população, para passar a entender melhor o que cada tipo e qualidade de alimento produz de efeitos em nosso organismo, passando a tratar a alimentação não como uma mera espécie de carregador de celular, mas como algo que precisa ser entendido e administrado com inteligência e boa informação. Bem diferente das seguidoras desesperadas de dietas que visam ao emagrecimento rápido e a qualquer custo, Penélope está há dez anos trabalhando seu processo de reeducação alimentar (e também postural muscular, funcional, etc.)

Com experiência de quem já sofreu com dietas malucas desde a adolescência, Penélope trata do funcionamento do corpo e dos efeitos da alimentação como expert. Ao longo dos últimos anos, percebeu a mudança que um tipo específico de nutrição exerce no seu corpo e segue as orientações de seus treinadores à risca. “Se a gente deixar, é fácil compensar todo stress na comida. Entramos em uma zona de conforto, achamos que merecemos comer.”

A dieta de Penélope tem várias restrições – alimentos como trigo, açúcar, leite e derivados foram abolidos. Ela faz seis refeições por dia e come religiosamente a cada duas horas e meia. O alarme do seu celular toca com frequência. A cada som, ela retira da bolsa um potinho diferente. Uma hora é frango grelhado, em outro momento batata-doce. Pode ser também uma porção de castanhas, um shake de proteína ou uma mandioca cozida. Além de muitas pílulas ortomoleculares e fitoterápicas. “Sempre que dou entrevista, coincidentemente, estou com esses alimentos, mas não é só o que eu como. Também como carne vermelha, peixe, arroz, macarrão de grão de bico, aveia, inhame, pão de arroz, tapioca”, diz, aumentando um pouco a lista no depoimento dado à repórter Camila Alam para uma edição especial e ainda inédita da “TPM” sobre alimentação e culpa.

Adepta das academias desde os 13 anos de idade, nesses últimos ela intensificou os treinos que executa diariamente em duas academias diferentes. A escolha entre ambas se define conforme o local de seus outros compromissos. Entre eles, um blog sobre alimentação e exercícios com 40 mil seguidores e a faculdade de educação física que cursa pela manhã.

A coluna de Paulo Lima, fundador da editora Trip, é publicada quinzenalmente