Assista ao vídeo com a apresentação do relógio e entenda como ele funciona:

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Para que carregar um acessório que oferece apenas uma informação se eu posso obter essa e muitas outras informações no celular, no tocador de MP3 ou no tablet? Essa é uma pergunta de lógica indestrutível feita pelos jovens nascidos na era digital que se recusam a ostentar um relógio no pulso. A indústria de tecnologia aposta que isso vai mudar e inicia uma corrida para ocupar os braços desse público. Um passo decisivo foi dado na IFA 2013 – feira de tecnologia mais importante da Europa, que acontece em Berlim, na Alemanha. Em vez de um smartphone, um televisor de ultradefinição ou um aspirador de pó autônomo, quem brilhou nos primeiros dias do evento foi um relógio de pulso inteligente. Batizado de Galaxy Gear, o smartwatch fabricado pela sul-coreana Samsung funciona como uma extensão de quase todas as funções presentes nos celulares.

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MULTIUSO
Shin Jong-kyun, diretor da Samsung, apresenta o
relógio que faz de tudo e até marca as horas

O aparelho realiza e recebe ligações, tira fotos, envia mensagens por comandos de voz e faz vídeos de até dez segundos, entre muitas outras funções. Para a Samsung, maior fabricante de celulares inteligentes do mundo, o Galaxy Gear representa uma vitória contra sua principal concorrente, a americana Apple. A empresa fundada por Steve Jobs tem, segundo fontes do mercado, cerca de 100 projetistas trabalhando no desenvolvimento de um dispositivo de pulso que poderá realizar muitas das funções do iPhone e do iPad. Chamado informalmente de iWatch, o dispositivo pode ser lançado até o fim deste ano. Outras companhias também embarcaram na empreitada: a Sony acaba de anunciar a segunda geração de seu smartwatch, enquanto a Qualcomm lançou o Toq, um relógio que exibe as notificações de qualquer smartphone sincronizado via Bluetooth. O mais conhecido desses dispositivos, entretanto, é o Pebble, fabricado pela Pebble Technologies, companhia que arrecadou mais de US$ 10 milhões via crowdfunding para custear a ideia.

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“Queríamos fazer um dispositivo acessível a todos e reinventamos um objeto que tem mais de um século de idade”, afirmou Pranav Mistry, o indiano que lidera o time de pesquisas da Samsung e que está por trás da concepção do smartwatch. “Você não precisa mais sacar o telefone celular toda hora apenas para ler mensagens”, exemplificou. Mistry é um dos gurus da chamada tecnologia vestível. O conceito tem como maior expoente o Google Glass, óculos que exibem informações como mensagens de texto e mapas diretamente no olho do usuário. A ideia geral é que todos os dispositivos indispensáveis à vida moderna sejam integrados ao corpo ou até à roupa das pessoas. Isso representa um desafio especialmente complicado no que diz respeito ao design. Para ser vestido, precisa ser bonito, fashion e desejável. “O Galaxy Gear vai virar um novo ícone de moda ao redor do mundo”, afirmou JK Shin, chefe da divisão de dispositivos móveis da Samsung.
O teste definitivo para os smart-watches começa em 25 de setembro, quando o novo aparelho da Samsung será lançado mundialmente. A previsão, segundo o diretor de produto da empresa no Brasil, Roberto Soboll, é de que o Galaxy Gear esteja nas lojas nacionais já no início de outubro. Mas nem todos poderão usá-lo. Num primeiro momento, ele funcionará apenas quando sincronizado com o “phablet” (mistura de phone com tablet) Galaxy Note 3 e o tablet Galaxy Note 10.1, também apresentados na IFA 2013. A promessa é de que o Gear passe a trabalhar junto com os smartphones Galaxy S3 e S4 ainda neste ano, assim que o sistema operacional desses aparelhos for atualizado. Nos EUA, o relógio inteligente vai custar US$ 299. Ainda não há preço definido para o Brasil, mas não deve ficar abaixo de R$ 1,3 mil. Quem disse que pertencer à geração dos nativos digitais sai barato?

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