Pelo menos 40% dos eleitores argentinos estão na Província de Buenos Aires, e foi justamente aí que a presidenta Cristina Kirchner sofreu a sua grande derrota nas eleições primárias disputadas na Argentina na semana passada. O que aconteceu no domingo 11 vai ecoar em 2015: Cristina pode praticamente se despedir do plano caudilhista de pressionar seus correligionários a alterarem a Constituição para que ela tente se reeleger daqui a dois anos. Desde o início da semana, Cristina se encasulou na Quinta Presidencial de Olivos, sua residência oficial. Se tivesse ido às ruas teria visto faixas que já lançam o seu grande opositor – e vencedor das primárias – Sergio Massa para a Presidência do país. Ele lidera os peronistas dissidentes que se opõem à Cristina. Carece de conteúdo em política econômica e internacional. Mas tem o que os argentinos mais amam: carisma. Seu slogan populista vai pegar: “É preciso transformar a raiva em esperança”.


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