É provável que a pequenina cidade de Jataí, a 320 quilômetros de Goiânia, vire filme – assim como na semana passada virou notícia internacional. Na verdade, pena que já não é “apenas um filme” o suposto relacionamento amoroso de duas jovens que terminou como se encerram muitas das relações possessivas – em morte. “Pensamos que fosse apenas um filme”, repete incansavelmente a moça suspeita de assassinar e esconder sob sua cama o corpo da namorada enrolado em sacos plásticos – e o verbo “pensamos” (plural) deixa tudo dúbio: refere-se à cúmplice no crime? Refere-se ao próprio namoro? Há nessa história, que infelizmente é real e não filme, um terrível caderno, espécie de diário da assassina. Lê-se em suas páginas “barra de ferro, luvas, fita, faca, saco plástico…tira a luva, pega celular, põe tudo no saco… estrada e queimar”.