Não foi aleatoriamente que Hitchcock escolheu em 1954 o hotel Carlton, em Cannes, para montar seu filme “Ladrão de Casaca”. As joalherias do Carlton escancaravam glamour e guardavam tesouros. Com certeza também não é sem motivo que na semana passada um ladrão escolheu o mesmo hotel para ser na vida real o personagem John Robie. A Riviera Francesa continua a ser um dos mais requintados pontos do planeta, o Carlton continua a ser o Carlton a completar um século de existência este ano e entre as joias que guarda estão algumas das mais valiosas do mundo. E assim evaporaram cerca de R$ 300 milhões em colares e relógios incrustados de diamantes. Ainda na semana passada, e também em Cannes, houve outro assalto a uma joalheria. E em maio, durante o festival de cinema, ocorreu lá uma série de furtos de joias. O Brasil não tem Hitchcock nem tem o requinte de casacas. Mas tem sim seus ladrões de joalherias dos shoppings de São Paulo: a média é de dois roubos a cada 17 dias.


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