ROGÉRIO LACANNA/AG. ISTOÉAos 60 anos de idade, o empresário Maurício Chulam era o tipo de pessoa que acreditava levar uma vida normal, mas não tão saudável. Aposentado, praticava alguns esportes apenas por lazer e fumava dois maços de cigarro diariamente – hábito que manteve por 40 anos. Em 2005, durante avaliação de rotina, foi alertado quanto a um problema crítico em suas artérias. Um exame de tomografia apontou dois vasos obstruídos. Chulam recebeu dois stents – espécie de molas que mantêm os vasos abertos – para liberar o fluxo sanguíneo. “Nunca tive sintoma algum. Mas o diagnóstico precoce me ajudou a identificar o problema e a evitar o agravamento da situação”, conta. Hoje, três anos depois da intervenção, ele cuida melhor de sua alimentação, caminha três vezes por semana, parou de fumar, mora em uma casa no alto de uma montanha e realiza exames de acompanhamento de seis em seis meses.

Seu caso é um exemplo claro dos grandes benefícios que os aparelhos de última geração estão trazendo. Equipados com tecnologia de ponta, eles oferecem os melhores recursos para a realização de exames cada vez mais precisos, como o diagnóstico de Chulam, obtido a partir de uma tomografia computadorizada com múltiplos detectores. “Esse aparelho capta até 130 imagens por segundo. Elas permitem uma visualização detalhada, sob qualquer ângulo, da anatomia do coração e das coronárias”, explica Clério Azevedo Filho, cardiologista da Rede Labs D’Or, no Rio de Janeiro. Além de ser responsável por uma revolução na saúde, o alto padrão tecnológico empregado nesses equipamentos garante maior conforto e segurança aos pacientes – eles ficam menos expostos a riscos que, antes, eram bastante comuns em exames e cirurgias invasivas. Também simplifica as intervenções médicas e possibilita a detecção prematura de patologias, o que resulta em um tratamento menos traumático antes mesmo que o problema se torne grave.

A alta resolução e o detalhamento do material obtido nesses exames têm colaborado muito na identificação de lesões mínimas em inúmeras regiões do corpo, como crânio, articulações, cartilagem e sistema vascular, além de tumores. A exemplo do Lightspeed RT16, um tomógrafo que atende a necessidades da área oncológica, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Único no País, ele conta com simulação virtual de imagens 4D em tempo real que indicam a localização de tumores móveis, possibilitando ao médico a visualização de estruturas mínimas com grande precisão. Isso reduz em até 50% o tempo de início do tratamento, pois, em apenas uma hora, é possível realizar todos os exames necessários para um planejamento adequado da radioterapia.


RETRATO Com o navegador (no alto), é mais fácil operar
o cérebro. Acima, coração mostrado por tomógrafo

Já para os cirurgiões, técnicas avançadas de navegação reduzem o tempo das intervenções e as tornam menos agressivas. “O navegador funciona como um GPS. Ao receber e armazenar as imagens do paciente, ele permite a localização exata da lesão. Dessa forma, traçamos o caminho mais adequado para chegar até ela, com a vantagem de realizarmos uma intervenção que não agride outras regiões. Por isso, ele é muito usado em cirurgias de otorrinolaringologia, da coluna e de tumores cranianos profundos”, explica Luiz Alcides Marenza, neurocirurgião do Hospital São Luiz, em São Paulo.

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail


AVISO Chulam descobriu um problema cardíaco após
tomografia. Hoje, cuida melhor da saúde e controla o stress

Para manter o alto padrão desses equipamentos, é imprescindível a constante atualização de suas técnicas. “As empresas estão sempre buscando tecnologias diferenciadas que levam ao aperfeiçoamento contínuo desses aparelhos”, conta Daurio Speranzini Jr., vice-presidente da Philips para cuidados da saúde da América Latina. O que ele realmente lamenta é que, no Brasil, esses equipamentos ainda sejam adotados apenas por hospitais e laboratórios conceituados. “Os benefícios que eles podem oferecer precisam ser estendidos a mais pessoas. Os hospitais públicos precisam investir nesses aparelhos para trabalhar o lado preventivo, e não apenas o de correção de patologias em seus pacientes. Isso é o mais importante”, conclui.


CALMA A Philips criou um ambiente especial para que a realização dos exames seja mais agradável


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias