Depois da febre do karaokê e do videokê, vem aí outra novidade: o danceokê. Conhecida como Dance dance Revolution, a brincadeira é uma espécie de videokê de dança. Só que em vez de cantar a música, o desafio é acompanhar a coreografia proposta pela máquina. Por enquanto, a novidade só existe no Gameworks, complexo de mais de 250 jogos eletrônicos criado por Steven Spielberg nos Estados Unidos, com uma filial inaugurada em novembro no New York City Center, um shopping de entretenimento localizado na Barra da Tijuca, no Rio. A loja carioca é a única fora dos Estados Unidos, onde existem 12, e em pouco mais de seis meses bateu recordes de frequência. O videokê dançado é um dos maiores sucessos do Gameworks, e os iniciantes podem começar com uma coreografia bem simples e fácil de acompanhar. “No princípio, tínhamos dúvidas de que o jogo ia emplacar. Hoje, é um dos mais procurados. Tem gente tão fera na máquina que, depois de decorar as coreografias, chega a dançar de costas”, atesta Dalmo Fernandes, gerente de operações do complexo.
Os passos aparecem na tela, indicando com setas se o jogador deve pisar na frente, atrás ou dos lados, assim como o momento exato do passo. Mas tem de pisar com força, senão a máquina não “percebe” e o jogador perde ponto. À medida que a pessoa vai acertando, a coreografia vai ficando mais difícil e num ritmo muito mais rápido. São sete opções de músicas em estilo dance, que ditam o ritmo das coreografias, em três diferentes graus de dificuldade. As amigas Joana Rodrigues e Marcella Figueiredo, 14 anos, adoram bancar as dançarinas pelo menos duas vezes por semana. “É um dos meus jogos preferidos. Aprendemos a dançar e competimos ao mesmo tempo. Sempre ficamos até sermos expulsas”, brinca Joana, referindo-se ao horário de fechamento para menores de 18 anos, às 22h.

Além de se divertirem, as duas contam que já conheceram muita gente no brinquedo, já que outra qualidade que atrai a garotada para a máquina é o fato de não ser um jogo individualista. Podem dançar até quatro pessoas ao mesmo tempo, competindo ou não, o que já gerou boas amizades. E engana-se quem pensa que só adolescentes têm coragem de ficar ali pulando ao ritmo da música eletrônica. Muitos marmanjos se aventuram e acabam gostando. É o caso de Elton Marques, militar de 25 anos que sempre que tem folga vai ao Gameworks se divertir nas máquinas com a namorada. Ele gasta uma média de R$ 25 nos jogos e não se acanha em tirar os tênis para pisar mais firme. “É o máximo. No início pagava muito mico, mas estou melhorando, já dá para fazer uma graça. O legal é se sentir num showzinho particular”, comenta Elton. Ele costumava sair muito para dançar na adolescência, mas agora precisa dormir cedo e aproveita o danceokê para desenferrujar o esqueleto.