Lisbela e o prisioneiro (Teatro Glória, Rio de Janeiro) – O diretor pernambucano Guel Arraes chega ao teatro demonstrando o mesmo brilho e criatividade que o consagraram na tevê, onde já realizou trabalhos de ourives como a série O auto da Compadecida. Guel escolheu o ótimo texto do conterrâneo Osman Lins e um afiadíssimo elenco para contar uma história de amor. Lisbela (Virgínia Cavendisch) é uma moça romântica, filha do delegado da cidade de Vitória de Santo Antão, que sonha com artistas de cinema. A poucos dias de se casar com um carioca metido a besta, apaixona-se pelo conquistador Leléu (Bruno Garcia) provocando, assim, um circo de fugas, enganos e perseguições. Cria do cinema e da televisão, Guel não abdicou totalmente da linguagem audiovisual. Separou o palco em dois planos e colocou uma tela translúcida na qual são projetadas cenas de filmes clássicos gerando um belo efeito cênico.
(C.M.)
Não perca