Trônix é uma megalópole futurista, formada pelos destroços do que sobrou de São Paulo e Rio de Janeiro destruídos numa hecatombe não muito bem explicada. É neste cenário soturno, criado por computador, que vive Suzana Alves, a Tiazinha mascarada que acaba de encarar uma outra missão no seu ansiado programa solo As aventuras da Tiazinha. Após várias tentativas, o seriado enfim estréia na Rede Bandeirantes para reforçar o horário das 20h da emissora antes de Otaviano Costa, apresentador que ocupa o lugar deixado por Luciano Huck no comando do H. Parece incrível, mas mesmo sem Huck, que foi para a Rede Globo, a audiência da faixa nobre da Bandeirantes não foi abalada. Ao contrário, as médias do Ibope se elevaram dos antigos três pontos para quatro. O H continua praticamente igual, agora com o simpático Otaviano, a escultural Feiticeira e as boas intervenções do VJ Théo Werneck.

Tiazinha, porém, ingressou em seu sonhado admirável mundo novo carecendo de impulsos mais heróicos para enfrentar seus inimigos. Por enquanto, Suzana Alves ainda não está totalmente familiarizada com o papel. Fica pouco à vontade quando colocada em meio a trepidantes sequências de imagens e efeitos especiais que remetem à linguagem dos computadores, dos quadrinhos e dos videogames. Apesar de caótico, o visual futurista ajuda a driblar as tramas pueris. Mas a escuridão de Trônix escondeu os maiores atributos da Tiazinha, que aparece apertada numa roupa negra de couro. Na escala de sensualidade, ela está mais para Batman do que para Maga Patalógica.