Todo o País acompanhou comovido em 1997 o drama vivido pela menor de idade M. na pequena cidade fluminense de Sapucaia: ela estava com dez anos e tornou público o seu desejo de abortar uma gravidez que, segundo alegava, era fruto de um estupro. A Justiça assentiu mas a família de M. acatou os conselhos de um grupo evangélico e preferiu que ela tivesse a criança. Agora M. está com 12 anos de idade. E o seu drama se repete: ela está novamente grávida e diz que foi violentada pelo lavrador João Batista Carvalho que trabalha com o seu pai. Quer abortar. Dessa vez a Justiça disse não – mesmo porque foi encontrado um bilhete da menina para o lavrador no qual ela diz ter “adorado transar” com ele. A família de M. quer que a Justiça o obrigue casar. Também isso deve ser negado, já que o Código Civil proíbe casamento para menores de 16 anos. João