Onça pintada, jacaré e mico-leão-dourado. Estes são os garotos-propaganda que a Promotional Partners Worldwide (PPW) escolheu como mascotes dos brindes oficiais que vão comemorar os 500 Anos do Brasil. “Teremos quase 70 produtos entre mochilas, copos, chaveiros e lancheiras, e esperamos comercializar, no mínimo, cinco milhões de peças. O resultado será uma receita de US$ 10 milhões”, calcula James Duncan, um neozelandês que mora há 20 anos no Brasil e ocupa o cargo de gerente-geral da companhia no País. A meta a médio prazo é ainda mais ambiciosa. “Até 2002 nosso faturamento anual deverá chegar a US$ 30 milhões.” O contrato para desenvolvimento da linha que vai celebrar o aniversário do descobrimento firmado com a licenciadora Character foi o primeiro grande passo do fabricante. O projeto conta com o patrocínio de 53 grandes empresas, como Votorantim, GM, Coca-Cola, Bradesco e Souza Cruz.

Com 38 fábricas instaladas na Ásia, a PPW emprega mais de 68 mil funcio-nários e recentemente inaugurou seu escritório brasileiro. A empresa, que surgiu há dez anos em Hong Kong como um braço do fabricante de brinquedos DSK, deve faturar US$ 400 milhões em 1999 e apresenta uma invejável taxa de crescimento de 30% ao ano. A expectativa é ganhar espaço também por aqui. “O mercado brasileiro promocional ainda está na infância. Há estimativas de que em 1999 este segmento fature R$ 1,2 bilhão, mas o potencial para ampliar esse número é enorme”, explica Duncan. Para garantir seu sucesso, a PPW aposta não apenas em itens de boa qualidade a preços competitivos, mas também em lucrativas parcerias internacionais. Um exemplo? Saem de suas fábricas 95% dos produtos licenciados da Disney. A empresa é também o maior fabricante de mimos com a etiqueta Warner. Outra boa tacada foi o contrato firmado com a produtora de George Lucas que garantiu à PPW exclusividade nas ações promocionais do filme Star wars: episódio I – a ameaça fantasma em todo o mundo. Para se ter idéia do que isso significa, apenas as vendas geradas com a comercialização de produtos alusivos à fita renderam US$ 150 milhões ao caixa da PPW. No Brasil, além de explorar as marcas estrangeiras, a empresa vai correr atrás de grandes nomes nacionais, especialmente ligados ao público infantil. Os primeiros da lista são Xuxa e Maurício de Souza.