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ESTRÉIA O ator Djimon Hounsou, que lança a linha Steel, é o primeiro negro nos outdoors da marca

 

No tão efêmero mundo da moda, o estilista Calvin Klein conseguiu uma proeza. Há 25 anos ele construiu um ícone que é cobiçado até hoje. As cuecas que trazem o nome de sua grife em letras garrafais no elástico da cintura nunca deixaram de ser admiradas e consumidas em 400 pontos-de-venda espalhados no mundo. “Nós mudamos totalmente o conceito do underwear. Demos a um produto utilitário a sensibilidade de um designer. Nos preocupamos com os detalhes, remodelando o básico e focando em conforto e qualidade”, explicou certa vez Calvin Klein. Além de todas as qualidades de fabricação, um intensivo trabalho de marketing foi essencial para elevar a peça de item indispensável do guarda-roupa masculino à categoria de objeto do desejo.

 

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FATAL A atriz Hilary Swank, na campanha de 2004, foi anfitriã da festa do 25º aniversário em Nova York

 

Homens conhecidos por seus corpos esculturais são os astros das campanhas desde a primeira, em 1982, como o atleta olímpico Tom Hintnaus. O saltador nascido no Brasil, filho de imigrantes tchecos e que ganhou fama nos Estados Unidos, foi clicado na Grécia pelo lendário fotógrafo Bruce Weber vestindo apenas uma cueca branca. A imagem de um deus grego no auge da forma rapidamente transformou-se em referência entre o público masculino e fetiche para as mulheres. Atletas, atores e músicos se revezam nos outdoors da Calvin Klein Underwear. O nono e mais novo garoto- propaganda é o ator e ex-modelo Djimon Hounsou, 43 anos, indicado ao Oscar pelos filmes Diamante de sangue e Terra dos sonhos. “Eles têm bom gosto e criaram campanhas memoráveis. Também escolheram grandes homens para representar a linha”, diz Hounsou, que lançou a linha Steel, com o elástico mais largo e metalizado.

Se as mulheres adoram exibir os logotipos de acessórios caríssimos, o elástico da cueca tem função parecida quando sobressai sob calças de cintura baixa. Com a diferença de que a roupa íntima à mostra, que custa entre R$ 59 (o kit com três peças) e R$ 89, uma ninharia comparada às bolsas de milhares de dólares, não é para ostentar luxo, e sim estilo. E também provocar as mulheres que, mesmo depois de duas décadas, não encontraram substituto para o fetiche de ver um homem apenas de CKU. A linha feminina lançada um ano depois, em 1983, também é sucesso, mas nada comparado ao fenômeno da cueca. O modelo boxer, que parece um short e é copiado aos montes, foi invenção do estilista para deixar o homem à vontade em casa. Sem perder o glamour, claro.

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