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NA MÍDIA
Cafu em ação: “Com um pouco mais de R$ 50 mil já se consegue me contratar”

Pelé, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Cafu, Ronaldo Fenômeno, Raí e Vampeta. Craques da bola? Já foram. Agora eles são estrelas da publicidade. E, em época de Copas – das Confederações, em junho, e do Mundo, no ano que vem –, voltam a faturar muito com a imagem construída nos gramados em tempos áureos. “Parei de jogar futebol e essa é uma maneira de ganhar uma graninha extra”, afirmou à ISTOÉ o capitão do pentacampeonato Cafu. Os cachês variam de acordo com o jogador e com a campanha. Pode ser mídia completa, uma única aparição em eventos, lançamento de um produto, jantar de confraternização, festa de fim de ano, jogo de futebol. “Cada coisa tem seu preço. Mas com um pouco mais de R$ 50 mil já se consegue contratar o Cafu”, revela o ex-jogador, que faz propaganda, atualmente, para cinco grandes empresas.

O que Cafu fala com sinceridade e sem alarde é tratado como segredo de estado por agências publicitárias, anunciantes e ex-atletas de modo geral. Todos alegam cláusula de confidencialidade. No entanto, especialistas do mercado consultados por ISTOÉ dizem que as cifras variam entre R$ 80 mil e R$ 200 mil. “Depende da importância da celebridade e do trabalho”, avalia Amir Somoggi, diretor da BDO Brazil, empresa de marketing esportivo. “Essas épocas são as melhores. Aparece trabalho pra caramba”, afirma Carlos Alberto Torres, 69 anos, que teve a honra de levantar o caneco do tricampeonato em 1970, no México.

Torres, que está na campanha da Brahma, ao lado de Cafu, Ronaldo Fenômeno e Vampeta, também é embaixador de gigantes multinacionais como a Audi e o cartão Visa, está fechando um negócio de licenciamento de produtos com seu nome e não faz palestra por menos de R$ 50 mil. Para Rafael Plastina, diretor da Nielsen Sports, as empresas gostam de ter ex-craques como garotos-propaganda porque “são atletas que têm o nível de risco muito baixo na associação da imagem com as marcas, já que tiveram uma carreira limpa.” Mas, para o professor de MBA em marketing esportivo da Escola Superior de Propaganda e Marketing de São Paulo, Celso Forster, a preferência por ex-atletas também se deve à superexposição dos ídolos atuais na mídia. “Confunde a cabeça do consumidor, que não guarda as marcas que estão associadas ao craque”, diz. A opinião é compartilhada por Plastina, da Nielsen: “O Neymar é o atleta mais lembrado e admirado pela população. Mas, quando perguntamos as marcas que ele anuncia, os consumidores deram o nome de 93 empresas diferentes.” Neymar, porém, é garoto-propaganda de “apenas” 11 marcas.                                                            

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