Crime é crime. Mas há atenuante para o crime de uma criança que, em estado de necessidade, furte uma caixa de leite, enquanto é repugnante o crime de alguém que envenene esse leite. Foi essa repugnância que o País sentiu com a prisão, no Rio Grande do Sul, de transportadores desse produto, acusados de nele adicionar água e compostos com formol. Segundo o Ministério Público, pode-se estimar que 100 milhões de litros foram adulterados em um ano com 98 toneladas de ureia – a toxidade está na substância formaldeído. Ela provoca danos no aparelho gastrointestinal e risco de leucemia e câncer na faringe. Após o “envenenamento” do leite por transportadoras, ele era vendido para as indústrias de envase. O formol foi constatado em caixas longa vida das marcas Líder, Italac, Mumu e Latvida, e todas asseguram que retiraram do mercado os lotes contaminados. Espera-se que as autoridades tomem providências para que o consumidor possa ter segurança em relação aos produtos que leva para sua mesa.


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