M U L T I M Í D I A
Celulóide aposentado

O último bastião analógico de resistência à era digital é o cinema. Para lançar um filme, os distribuidores fazem tantas cópias quantas salas irão exibi-lo, cada uma por US$ 5 mil. Lançar Titanic em 2000 salas custou US$ 20 milhões. Para derrubar esse custo, devem-se abolir o celulóide e criar o cinema eletrônico. O processo começou dia 10 em Las Vegas, onde centenas de donos de salas foram presenciar Russell Wintner, executivo da CineComm, apresentar o projetor ILA-12K. Baseia-se no mesmo princípio das tevês de 60 polegadas e dos home theaters. Com 1,83m e 760 quilos, possui uma tela de cristal líquido onde o filme é exibido. Um sistema de lentes amplifica suas imagens e as projeta numa tela de 35 metros. O longa-metragem permanece feito com filme convencional. Uma vez finalizado, é convertido num arquivo de imagem, transmitido via satélite, captado por parabólicas nos cinemas e armazenado no projetor. Como a imagem é igual à da projeção convencional, os espectadores não irão notar a transição do cinema analógico ao digital. O ILA-12K custa US$ 150 mil, contra os US$ 30 mil dos projetores atuais.

 

 T R A N S P O R T E
Carro movido a ar

A DaimlerChrysler, gigante automobilística resultante da fusão da Daimler-Benz com a Chrysler, exibiu em Washington no dia 17 o o Necar, carro movido à célula de combustível. Em vez de gasolina, ele consome hidrogênio líquido e oxigênio do ar, convertidos em eletricidade e vapor d’água, liberado pelo escapamento. Mais eficiente que os carros elétricos, o Necar leva cinco passageiros a 150 km/h com autonomia de 450 quilômetros. O protótipo custou US$ 100 mil, valor que a empresa espera derrubar até lançá-lo em 2004. O evento reuniu os presidentes mundiais da DaimlerChrysler, o americano Robert Eaton (à esq.) e o alemão Juergen Schremp.

 

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 I N F O R M Á T I C A
Microondas-PC

O futuro do computador é virar eletrodoméstico. Há 20 dias, esta coluna mostrou uma geladeira Frigidaire com um PC na porta. Agora é a vez do microondas inteligente (abaixo), feito pelo fabricante de registradoras NCR. Sua porta é um monitor sensível ao toque. O aparelho dispensa teclado, pois reconhece comandos de voz. Para navegar na Web é só dizer o nome do site. Para que o aparelho não seja usado por estranhos, ao mesmo tempo que reconhece a voz, uma câmera identifica a íris dos olhos do dono. O produto serve para administrar o orçamento da casa, fazer compras no supermercado, movimentar a conta bancária, pesquisar receitas na Web e trocar e-mails. Além de fazer pipoca, é claro.

Por PETER MOON


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