O Senado vale ouro
Com o veto do PMDB ao senador Tião Viana, está em aberto a disputa pela presidência do Senado. No PMDB, não faltam candidatos. O ministro Hélio Costa informou à bancada que não titubeará em deixar o Executivo para reassumir sua cadeira. Garibaldi Alves, atual presidente, diz que exerce um mandato-tampão e busca uma brecha legal que permita sua reeleição. E o ex-presidente Sarney mantém-se ao largo como alternativa de consenso. Na hipótese remota de o PMDB ceder o cargo ao PT, o nome do senador Delcídio Amaral teria a simpatia de Renan Calheiros. O certo é que deter a presidência do Senado na sucessão de 2010 é um trunfo valioso.

APF e o TRF
A PF investiga suposta compra de sentença no TRF da 1ª Região. Segundo a denúncia, o advogado J. Cavalcante Ribeiro abordou o secretáriogeral do TRF, Waldyr Montenegro, para conseguir uma sentença em favor dos bingos paulistas. Por enquanto, Waldyr foi a única vítima, pois exonerou-se até o esclarecimento do caso.

Conta que não fecha
O TCU e o Ministério dos Esportes não se entendem. Para o TCU, as diárias dos atletas do Pan foram abusivas. O Ministério contesta o TCU, que computou como diária os custos com as obras e a alimentação de voluntários que não se hospedaram na Vila.

Ciro, o invasor
Apesar dos conchavos, não está garantida a eleição de Michel Temer para a presidência da Câmara. Ciro Nogueira, do PP, ocupa cada vez mais espaço no baixo clero. Faz-se de tudo para tirá-lo do páreo. A moeda de troca pode ser o Ministério das Cidades.

A fortuna de Quintão
Sebastião Quintão, pai de Leonardo Quintão (PMDB), percorreu as igrejas evangélicas usando seu título de pastor em busca de votos para o filho. Passou a imagem de uma família modesta. Só que ele é dono de vários cartórios e fatura quase R$ 800 mil/mês.

O homem forte
Contrariando o que diz a oposição, em recente reunião com amigos, Ivo Gomes, irmão e chefe de gabinete do governador cearense Cid Gomes, revelou que é mais fácil ele deixar o governo do que o secretário da Casa Civil, Arialdo Pinho, perder o posto.

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De olho na roleta
As cidades do entorno de Brasília estão na mira do MPF. O motivo é a jogatina freqüentada pela alta sociedade local. A PF já chegou ao nome do administrador José Olímpio Queiroga Neto. Mas ainda não sabe se o chefe de Queiroga é político ou empresário.

Lei do silêncio
O Senado acaba de equipar todos os seus computadores com sub-woofer, um poderoso amplificador de som. Em dias de crise, é difícil entender a razão da compra. O volume, altíssimo, é inadequado para um ambiente de trabalho.

Munição na mesa
A seleção dos novos caças da Força Aérea Brasileira entrou na reta de chegada. Até a quarta-feira 29 serão distribuídos aos três finalistas os formulários RFP (request for proposal). Os franceses do Rafale, os suecos do Gripen e os americanos do F-18 terão 60 dias para detalhar suas propostas de preço, armamento e sistema de combate, além da transferência de tecnologia. A FAB conta hoje com 77 caças F-5 e 12 Mirage 2000. A Aeronáutica quer renovar a frota até 2022, num negócio avaliado em US$ 12 bilhões. A encomenda inicial é de 36 caças. E o resultado deve sair até março.

Zé Dirceu contra-ataca
O ex-ministro José Dirceu continua atento a tudo que se publica a seu respeito. Em e-mail à coluna, admite que mantém excelentes relações com José Sarney, mas nega que tenha lhe proposto a compra de uma usina no Maranhão. Dirceu afirma que os oito processos contra ele na Justiça Federal serão arquivados e que a Receita fez uma devassa em sua vida patrimonial e nada encontrou.

Nadando em notas frias
Um laudo do Instituto Nacional de Criminalística, da Polícia Federal, concluiu que o empresário Marcos Valério, operador do mensalão, preso por fraude fiscal, utiliza um sistema contábil chamado Enterprise-Microuni, que permite selecionar as contas que vão compor um demonstrativo financeiro. As empresas de Valério, segundo a PF, imprimiram 80 mil notas fiscais falsas.

Acordo coletivo no jantar
Coube ao diretor de recursos humanos dos Correios, Pedro Magalhães, negociar o acordo coletivo de trabalho com os sindicatos. Ele ofereceu cinco jantares em sua casa, para que os sindicalistas discutissem as demandas em ambiente ameno. Deu certo. O reajuste de 7,37% sobre os salários foi aceito.


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