Na semana passada terminou o processo, mas não a história, do assassinato, em 2011, dos líderes extrativistas José Cláudio da Silva e Maria do Espírito Santo. Foram condenados pelo Tribunal do Júri da cidade paraense de Marabá, como executores, Lindonjonson Rocha (42 anos de prisão) e Alberto Nascimento (45 anos de prisão). Foi absolvido José Rodrigues Moreira, acusado de ser o mandante do crime. Esse foi o processo. Agora a história: Moreira teria comprado de forma ilícita um lote de terra no qual já estavam assentadas outras pessoas que passaram então a ser defendidas por José Cláudio e Maria do Espírito Santo. O Incra afirma em nota oficial que não houve ilicitude, mas “equívoco que resultou na inclusão da família de José Rodrigues no programa de assentamento”. Numa região na qual a posse de terra é disputada à bala, fica por conta da história, e não apenas do júri de Marabá, o julgamento do Incra.
 


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