É o sociólogo FHC, e não o ex-presidente FHC, quem vai concorrer a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras – dos 40 assentos, dois estão vagos com o falecimento do jornalista João de Scantimburgo e do poeta Ledo Ivo. Independentemente de se gostar ou não de seu partido político (PSDB) e de se aprovar ou não as suas gestões na Presidência da República, é o intelectual FHC quem pleiteia uma vaga de imortal na ABL. Se ela funcionar de fato feito academia, o acadêmico FHC, merecidamente, está dentro – ele é um dos melhores do País na pura tradição (não necessariamente concordância) de Sergio Buarque de Hollanda, Caio Prado, Florestan Fernandes e Gilberto Freyre.