Separação histórica

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Luiz Inácio Lula da Silva e Luiz Marinho, prefeito de São Bernardo, estão em campos opostos na disputa pela presidência do Diretório paulista do PT, cargo que terá um peso decisivo na escolha do candidato ao governo do Estado, em 2014. Lula apoia Emídio de Souza, que foi prefeito de Osasco. Marinho reforça Vicente Cândido, deputado federal. Lula sonha com acordo e marcou uma conversa com Marinho. Mais do que Jair Meneghelli e Vicentinho, o prefeito de São Bernardo é o principal herdeiro de Luiz Inácio Lula da Silva na cidade-berço do PT, da CUT e de tudo o que veio depois.

Para Anastasia, governo foi “roubada”
Um dos mais qualificados interlocutores de Antonio Anastasia garante que o governador de Minas Gerais desistiu da política eleitoral e pretende pendurar as chuteiras em 2014. “Disputar o governo foi a maior roubada da minha vida,” tem dito Anastasia.

A escolha de Gurgel
Antes de deixar o cargo de procurador-geral da República, Roberto Gurgel escolherá um novo integrante do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Foram eleitos pelo colégio de procuradores Vladmir Aras, Sérgio Monteiro Medeiros e João Carlos de Carvalho Rocha. Caberá a Gurgel decidir quais dos três da lista tríplice passará pelo crivo do Senado para ocupar a cadeira no conselho responsável por avaliar o trabalho do Ministério Público.

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Em defesa do DNOCS
Parlamentares do PT, PMDB e PSB se uniram para barrar os planos do Planalto para acabar com o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). Sem novos investimentos, a partir de 2016, o Dnocs terá uma maioria de funcionários já aposentados e um quadro pequeno demais para tocar o serviço. Por ironia, o debate sobre o fim do Dnocs ganha força num momento em que o Nordeste enfrenta uma das piores secas dos últimos 50 anos.

Pausa nas negociações
O Planalto concluiu que já fez o que podia para tentar impedir a candidatura de Eduardo Campos em 2014 e pretende cruzar os braços. Não vai oferecer apoio, nem cargos nem verbas. Tampouco vai ameaçar com retaliações. Avalia-se que chegou a hora de o governador de Pernambuco resolver – sozinho – o que pretende fazer no ano que vem.

Paella à mineira
Aécio Neves convidou a bancada tucana na Câmara para um jantar na casa do deputado Izalci Lucas (DF). A paella foi degustada enquanto Aécio descrevia sua proposta para dirigir o partido depois que, conforme 100% das previsões, for escolhido presidente do diretório nacional. Único senador presente, Cássio Cunha Lima (PB) revelou que irá abrir mão do horário político do PSDB paraibano para que Aécio tenha espaço para se projetar no Nordeste.

Ciúme sindical
Em tour inaugural pelas centrais sindicais, o ministro do Trabalho, Manoel Dias, esteve perto de se envolver em uma confusão. É que em sua agenda a primeira entidade visitada seria a Força Sindical, na terça-feira 26. Ao saber disso, a União Geral dos Trabalhadores (UGT) logo entrou em campo. Fez questão de lembrá-lo de que foi a única a defender a sua indicação junto ao Planalto na disputa pelo cargo no ano passado. Na ocasião, ele foi preterido pelo antecessor, Brizola Neto. A pressão fez efeito. Na noite da segunda-feira 25, Manoel Dias compareceu à sede da UGT, dando início às visitas de cortesia.  

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Dirigentes da União Geral dos Trabalhadores aproveitaram a visita do ministro do Trabalho e Emprego à sede da entidade para lhe dar um recado. Ao contrário do que ocorreu nas outras gestões em que apenas a CUT e a Força Sindical tinham integrantes na pasta, desta vez a UGT também quer participação.    

Rápidas
* O deputado Vicente Cândido (PT-SP) quer criar uma raspadinha destinada a jovens atletas que precisam de bolsa.  

* Escalado pelo prefeito ACM Neto (DEM) para alavancar a arrecadação da Prefeitura de Salvador, o secretário de Fazenda Mauro Ricardo pretende cobrar 5% de ISS sobre o faturamento de clínicas médicas e escritórios de advocacia.

Retrato falado

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“Prisão só é possível depois do trânsito em julgado. É uma conquista histórica dos direitos humanos.” 


Em campanha pela vaga do procurador-geral Roberto Gurgel, a subprocuradora Deborah Duprat faz questão de apontar diferenças em relação ao titular do cargo. Diz que nunca pediria a prisão dos condenados do mensalão antes que todos seus recursos fossem examinados. “Prisão só é possível depois do trânsito em julgado. É uma conquista histórica dos direitos humanos.” 

Bezerra parado no ar
O ministro da Integração, Fernando Bezerra, não esconde a ansiedade para ter seu nome lançado como pré-candidato ao governo de Pernambuco. Mas o governador Eduardo Campos tem menos pressa e prefere aguardar.

Presença surpresa
Parlamentares que participam das discussões sobre a MP dos Portos têm se incomodado com a presença constante nas audiências do empresário Luiz Augusto de Camargo Opice. Ele se apresenta como presidente da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegários, mas comanda o Tecondi (Terminal para Contêineres da Margem Direita) e foi denunciado na Operação Porto Seguro da Polícia Federal.

Toma lá dá cá

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Senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que visitou corintianos presos na Bolívia.
ISTOÉ – O que acontece na Bolívia?
Ferraço – Mais que um problema jurídico, temos um problema diplomático. O Brasil está sendo retaliado porque concedeu asilo ao senador boliviano Roger Pinto Molina, adversário de Evo Morales. Os torcedores foram torturados e correm risco de vida.

ISTOÉ – Se os 12 torcedores dissessem quem é o responsável pela morte do jovem boliviano, o caso poderia estar resolvido?
Ferraço – O Brasil não funciona assim e não pode permitir que façam isso com brasileiros.

ISTOÉ – A confissão de um menor que se encontra no Brasil foi um ato de má fé?

Ferraço – Não acredito. O menor pode ser julgado e cumprir pena, mesmo no Brasil.

Campos foi a Tombini

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Na rodada de conversas destinadas a orientar a decisão de concorrer ou não à Presidência, Eduardo Campos encontrou-se com Alexandre Tombini. Foi uma conversa econômica. Tentando adivinhar as chances de fazer um bom governo numa eventual presidência, o governador queria saber o cenário do presidente do Banco Central para os próximos anos.

Fotos: MÁRCIO FERNANDES/ESTADÃO; Adriano Machado; Regis Filho/Valor/Folhapress
Colaboraram: Claudio Dantas Sequeira, Izabelle Torres, Josie Jerônimo e Pedro Marcondes de Moura


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