A princípio, a intenção parece mais macabra que a própria história. Depois, vê-se que foi a forma, apesar do certo humor negro, que Christopher Reeve encontrou para voltar a trabalhar após o trágico acidente que o deixou tetraplégico. Neste remake do clássico de Alfred Hitchcock produzido para a televisão, o ex-Superman bisbilhota janelas alheias, exatamente como James Stewart no filme original. O clima de suspense gradativo, contudo, não chega aos pés da obra de 1954. Mas ganha contornos de aflição na cena em que o assassino desliga o aparelho de oxigênio de Reeve e ele literalmente se mostra como um peixe fora d’água. No mais, nem Daryl Hannah tira a respiração. (A.R.)
ARRISQUE