Trotes burros, violentos e criminosos que veteranos impõem a calouros em algumas universidades tornaram-se recorrentes no País, e sua ocorrência é tão datada como são as repetidas notas oficiais dos responsáveis pelas instituições a dizerem que repudiam esse tipo de coisa – em vez de repudiá-lo deveriam proibi-lo. Emblemáticos este ano foram os trotes dos cursos de direito da Universidade Federal de Minas Gerais e de engenharia civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. No primeiro caso, uma nova aluna foi humilhada numa manifestação racista (foto). No segundo, os calouros foram banhados com água contendo vísceras de peixes. Aponta para um Brasil mais civilizado o crescente número de veteranos contra tais formas de recepção como se viu em Minas Gerais – é minoritária a parcela da juventude que endossa a burrice. Lamenta-se, no entanto, a fragilidade da reação de alguns reitores quando dizem que averiguarão os fatos para identificar os envolvidos – a mídia já os identificou.