Gostaria de esclarecer dois pontos fundamentais da matéria “Nervo exposto” (ISTOÉ 1792), dos repórteres Ugo Braga e Weiller Diniz: 1) A reportagem informa que na viagem à Índia o presidente Lula chamou o ministro da Fazenda, Antônio Palocci, num canto do avião, e recomendou a substituição do secretário do Tesouro, Joaquim Levy. Uma simples leitura dos jornais diários pelos repórteres mostraria que o ministro Palocci não foi à Índia com o presidente Lula. Gostaria também de informar aos seus leitores que este diálogo nunca existiu, no ar, em qualquer outra ocasião, em terra ou no mar. 2) A matéria relata uma reunião de governo, onde o ex-ministro das Comunicações, Miro Teixeira, dirigiu uma pergunta ao ministro Palocci, o secretário do Tesouro respondeu e “foi secamente cortado por Miro”. Informo mais uma vez aos seus leitores que: a) esta reunião nunca existiu; b) este diálogo, portanto, não ocorreu. Gostaria de acrescentar que estarei sempre à disposição da revista ISTOÉ para tirar dúvidas, confirmar viagens, esclarecer informações.
Marcelo Netto
Assessor de imprensa do Ministério da Fazenda
Brasília – DF

A velha e batida cantilena sobre o embate entre desenvolvimentistas
e monetaristas ressuscita uma polêmica inócua e desnecessária.
O Executivo deveria focar sua ações em políticas concretas de desenvolvimento, mas sempre respeitando o seu orçamento.
Portanto, essa discussão entre os dois grupos é mais uma questão
de vaidade do que realmente uma discussão séria sobre o rumo
que o Brasil deveria tomar. “Nervo exposto” (ISTOÉ 1792).
Lander das Dores Silva
Belo Horizonte – MG

Aqueles que estão acompanhando cada passo do governo Lula
devem perceber a governabilidade em que este está caminhando.
Ser otimista nessas condições, em que o governo ajusta a máquina
com reformas importantíssimas e faz alianças com partidos de centro
e centro-esquerda, dando em troca algumas pastas ministeriais
e tendo uma mirrada oposição, é mais que pensar positivo. É ser real. “Mudança no jogo” (ISTOÉ 1791).
Cláudio Matos
Vitória da Conquista – BA

O presidente Lula declarou que em sua gestão não existe espaço para mirabolantes planos econômicos. Nem plano Lula, nem Palocci, nem Meirelles, nada. Equivocou-se mais uma vez o presidente, pois se esqueceu do Plano FMI que dita as linhas-mestras da combalida economia brasileira.
Odilon Martins Fonseca
Rio de Janeiro – RJ

Gostaria de mostrar minha indignação com o governo do PT, que chegou ao poder com um discurso de bom mocinho e agora está degolando a cabeça dos pobres. O pior de tudo é que cada vez o povo fica mais passivo. É assustador o que esses governantes fazem com a vida de milhares de pessoas.
Jefferson Garcia
Niterói – RJ

Juliana Paes

O povo brasileiro está bem representado na figura de Juliana Paes.
Penso que a identidade da mulher brasileira, esta mistura de índia,
negra e um pouco da européia, começa agora a delinear nos traços físicos e também nos trejeitos sem aquela linhagem de mulheres de
capas de revistas americanizadas. Por isso, as musas estão desaparecendo para dar lugar à verdadeira cara da mulher brasileira.
“O reinado de Juliana Paes” (ISTOÉ 1792).
Isaac Soares de Lima
Maceió – AL

Cade

Errar é humano. Insistir no erro é burrice. Por haver errado ao permitir a fusão da Antarctica com a Brahma não significa que o Conselho Administrativo de Defesa Econômico (Cade) seja obrigado a errar novamente e permitir a compra da Garoto pela Nestlé. Com seus atuais 29,8% do mercado, adquirindo os 23,95 da Garoto, a Nestlé passaria a dominar o mercado, com as más consequências que o monopólio sempre traz para o consumidor. Já os capixabas não precisam ficar tão desesperados, pois certamente não faltarão outras empresas interessadas na aquisição da Garoto, caso a correta decisão do Cade seja mantida, o que não será fácil. “Chocolate amargo” (ISTOÉ 1792).
Habib Saguiah Neto
Marataízes – ES

Superpais

Ao ler a reportagem sobre os superpais, me senti gratificado em ser um deles. Com o final do casamento me vi responsável para, sozinho, levar adiante a criação dos meus filhos de 12, 11 e seis anos. Depois de seis anos vejo que, mesmo cansativo, é gratificante poder passar mais tempo ao lado dos filhos, acompanhando as evoluções e mudanças deles. Realmente, é muito prazeroso! “Os superpais” (ISTOÉ 1792).
Mauro Rodrigues de Melo
Teresina – PI

Velha relação de trabalho

Interessante a nova-velha filosofia da alemã Judith Mair, quando afirma que há muita gente querendo trabalhar com ela nos moldes das empresas dos anos 50. Chegamos à conclusão de que a liberação, e hoje usando uma palavra pomposa “flexibilização”, desestruturou a vida daqueles que não têm estrutura cultural e educacional para enfrentar as duras tentações do mundo bagunçado. O celular, a internet e a tevê modificaram as relações entre os seres humanos. As empresas “massacram” seus funcionários 24 horas por dia com seus recursos de convocação e, pior ainda, quando o empregado “leva” para casa o programa de operações de sua empresa. Toda essa modernidade alterou o sentido da vida e do respeito aos seres vivos e desestrutura famílias que acreditam ter “modernidade” e aceitam todos os absurdos de mentes deturpadas. Creio que um pouco desta “dureza” toda seria interessante nos dias de hoje. “Os anos 50 estão de volta” (ISTOÉ 1792).
Sergio Caporasso
Curitiba – PR

Amei a matéria que, por uns minutos, me fez refletir sobre padrões, modelos estipulados mecanicamente, destruindo muito da evolução de tantos profissionais. Um novo estilo de gestão deve ser repensado. Um bom líder precisa disso, daquilo, uma empresa que trata bem seu funcionário faz e acontece e tudo é sempre muito vago e repetitivo. Muitas vezes a intimidade é facilmente confundida com excesso de libertinagem. Eu defendo um ambiente saudável, com bons relacionamentos, clima favorável, mas, sobretudo, respeito, comprometimento e nada que favoreça a empresa com tarefas exercidas em casa. Algumas diferenças devem realmente ser praticadas de volta.
Jane Farinazzo
Salvador – BA

Capistas

Fiquei muito feliz em ler a reportagem “Trajes da leitura” (ISTOÉ 1792) sobre design editorial com os melhores capistas do Brasil e na seção
A Semana a divulgação de, ao que parece, uma ótima revista
portfólio “Bom Tempo”. É muito bom ver o design gráfico começar
a ser valorizado. Continuem assim.
Lúcia Bergamaschi Costa Weymar
Pelotas – RS

Hilda Hilst

A escritora Hilda Hilst tinha muita coragem ao expor suas idéias,
gostava de enfrentar o sistema e às vezes tomava caminhos que
lhe acarretavam muitas inimizades. Com uma sensibilidade, que eu
diria à flor da alma, mais do que do corpo, nos brindava com suas
poesias impregnadas de gritos de agonia e sussurros de prazer.
“Estrela de Aldebarã” (ISTOÉ 1792).
Wilson Gordon Parker
Nova Friburgo – RJ

O Brasil, já tão carente de pessoas que pensam e que dizem o que pensam, fica ainda mais pobre com a perda da escritora Hilda Hilst;
fica ainda mais carente.
Achel Tinoco
Salvador – BA

Carro anfíblio

Enquanto lia a reportagem da seção A Semana “O mistério do lago” (ISTOÉ 1792), não pude deixar de imaginar o quanto um carro anfíbio, como descrito na matéria, faria sucesso na cidade de São Paulo,
num dia de chuva forte.
James Artur Boehm
Curitiba – PR

Marte

Parabéns, ISTOÉ, pela excelente reportagem. Quem sabe os
americanos se preocupem menos com as questões terrestres
como terrorismo, comunismo, entre outras coisas, e passem
a se dedicar a sua futura colonização espacial e, de quebra,
alivie a pressão sobre a América Latina no que diz respeito
à Alca, por exemplo. “Mistérios da vida” (ISTOÉ 1791).
Armstrong Pereira de Almeida
Serra – ES

Coleta de lixo

Na qualidade de vereadores e cidadãos de Fortaleza, sentimo-nos na obrigação de responder aos malversados fatos dispostos na carta de autoria do sr. Dionísio Barsi, diretor da empresa Marquise, publicada na seção Cartas (ISTOÉ 1792), sob o título “Coleta de lixo”. Ao contrário do alegado na mencionada carta, o Poder Judiciário não suspendeu (nem mesmo liminarmente) a cobrança da tarifa do lixo em Fortaleza. Nem sequer foi ainda julgado o mérito da Ação Direta de Inconstitucionalidade – Adin interposta pelos partidos de oposição. O que ocorreu, de fato, foi que, diante da inadimplência maciça por parte da sociedade fortalezense que se voltou contra a ilegal cobrança da tarifa, a Prefeitura de Fortaleza, sofrendo constantes ataques por parte da opinião pública, que devidamente lhe responsabiliza pelo lixo que se amontoa na cidade, resolveu decretar estado de calamidade pública, para, assim, dar suporte ao prosseguimento dos serviços de coleta privatizada do lixo, pois, enquanto perdurar o estado de calamidade, é dispensada a contratação por meio de licitação. Desta feita, percebe-se que a suspensão da cobrança do lixo através da decretação de estado de calamidade pública não passa de mais um ato de oportunismo, uma vez que, se a cidade chegou nesse estado, foi unicamente provocado pela administração pública municipal, que insistia na indevida cobrança da tarifa, forçando assim a inadimplência dos fortalezenses.
José Maria Pontes
Vereador, líder do PT na Câmara Municipal de Fortaleza

Rogério Pinheiro
Vereador, líder do PSB na Câmara Municipal de Fortaleza
Fortaleza – CE

Correções

1) Ao contrário do que foi publicado na reportagem “A um clique da eternidade” (ISTOÉ 1792), o nome correto do médico do Hospital de Base, em Brasília, é José Antônio Ribeiro Filho. 2) O crédito da foto de Farid Abrão David, prefeito de Nilópolis/RJ, personagem da reportagem “Educação estrutural” (ISTOÉ 1791), no caderno “Rio de Janeiro – Cidades bem avaliadas”, é de Robson Boneto.