Crime bárbaro

Uma bela jovem de classe média alta, ao matar seus pais, é mais um exemplo que vem para quebrar dogmas e paradigmas impregnados na sociedade. Até que ponto o homem é capaz de abandonar a racionalidade e mergulhar no seu instinto mais selvagem? Num mundo infestado pela criminalidade, quem são os culpados que levam as pessoas a cometer os atos mais cruéis? Má condição financeira, desemprego, incompetência governamental, falta de educação e de planejamento familiar são, geralmente, os mais indiciados, mas não características vividas pela adolescente infratora. A irracionalidade é tanta, que o amor, o mais sublime dos sentimentos, chega a levar a sua parcela de culpa. São atos que nem mesmo quem os pratica é capaz de explicar. Apesar de tudo, continuo apostando na família como a base de uma sociedade. Somente os laços familiares são capazes de educar um indivíduo a viver em grupo; somente a família é capaz de tornar uma pessoa sociável. “Jovem, rica, bela e cruel” (ISTOÉ 1728).
Fábio Moreira da Silva
Belo Horizonte – MG

É estarrecedor saber até onde vai a sanha assassina de um ser humano contra outro ser da mesma espécie. E mais, a forma escolhida e perpetrada da execução. Num primeiro plano se vê o choro, só não se sabe se é de remorso ou representação teatral, da jovem parricida e matricida. Num segundo instante, após confessar o crime, mancomunada com os dois irmãos, executores do duplo assassinato, declara que foi por amor. Ora, por amor se morre, não se mata!
Eduardo Grígolo
Jundiaí – SP

Por mais que queiramos encontrar explicações para tal barbárie, não encontramos. Penso que o bicho homem tem uma tendência à maldade por natureza. A sociedade cria regras e normas tentando domá-lo de uma possível transgressão. Suzane Louise von Richthofen será sem dúvida tema de debate nas mais diversas áreas do aprendizado humano.
Felipe R. de Lima
Maceió – AL

Não desejo de forma alguma diminuir a culpa dos assassinos pela terrível tragédia ocorrida em São Paulo, mas algumas questões estão sem resposta e julgo que seriam importantes para alertar a sociedade e impedir outros acontecimentos como esse: se os pais amavam muito a filha, como isso era confirmado na prática; eles mantinham diálogos e atividades diárias? Como a filha namorava há dois anos e os pais não sabiam? Por que não descobriram que as aulas particulares à noite eram mentira? Sendo a mãe uma grande profissional da área de comportamento, não conseguiu perceber que em casa tinha um problema a ser tratado por especialista da área? Será que o amor que se fala é o de dar coisas materiais para os filhos e não tempo para ouvi-los?
Jader de Castro
Timóteo – MG

Os pais têm o instinto de fazer o que podem pelo bem de seus filhos. Foi assim e sempre será. E essa preocupação eterna pode lhes custar a vida como esse crime bárbaro que até hoje não temos a resposta. Será que foi por amor? Não tenho certeza. A única certeza que tenho é que não existe maior amor na face da Terra do que o amor dos nossos pais.
Fábio Valladares da Silva
Diadema – SP

Gabriel Chalita
Quero parabenizar o educador secretário de Educação, Gabriel Chalita, pelo exemplo e pela lucidez de suas colocações. Sou professora
em Brasília e este ano estou vivendo uma grande experiência em relação à afetividade e à aproximação com os alunos. É verdadeiramente gratificante e deve partir do professor a mudança de posição. “A
sala de aula é sagrada” (ISTOÉ 1728).
Eliane Ricarte
Brasília – DF

Está excelente a entrevista. Pena que o trabalho desenvolvido por este secretário de Educação esteja restrito ao Estado de São Paulo. As formas de ensinar devem ser repensadas. A sociedade e o mercado de trabalho exigem novas habilidades no campo do conhecimento. O Brasil precisa mudar e a educação é ponto-chave nessa mudança.
Djalma Filho
João Pessoa – PB

Pelo visto o secretário de Educação está muito mal informado sobre a Universidade de São Paulo. Ninguém mais se aposenta com 25 anos de serviço. Isso ocorria, e apenas para as mulheres, até 1998, ano em
que a lei mudou. Hoje, o professor que iniciar suas atividades aos 25 anos de idade só estará aposentado aos 60, após lecionar durante
35 anos. É surpreendente que o secretário não tenha sabido da
mudança da legislação, que foi acompanhada, de perto, por toda a imprensa. Por outro lado, que o professor Chalita se tranquilize: a universidade não vai “quebrar” a Previdência; até porque, sendo autônoma, dispõe de recursos próprios.
Jônatas Batista Neto
São Paulo – SP

Gostaria de elogiar a revista pela entrevista com o secretário de Educação. Nunca tivemos um secretário tão competente, inteligente, preocupado e carismático. Sou professora da rede estadual há dez
anos e me sinto realmente orgulhosa em tê-lo no comando da Educação no Estado de São Paulo.
Márcia Cristina R. Falcão
Santos – SP

Iniciativa

Antes de mais nada, gostaria de parabenizar a reportagem sobre o
apoio do Ministério dos Esportes aos projetos sociais desenvolvidos
por ex-atletas, projetos estes que incluem o nosso implantado e desenvolvido junto às crianças da favela de Heliópolis, em São Paulo. Este tipo de visibilidade e clareza na colocação dos nossos objetivos e princípios é importantíssimo para a continuidade dessas iniciativas. Gostaria de salientar, porém, que onde está escrito “Instituto Rexona
de Esporte e Educação”, o correto seria dizer “Instituto Esporte e Educação”, do qual sou diretora-presidente, e “Centro Rexona de Voleibol”, duas organizações parceiras neste projeto em Heliópolis,
além de outros dois núcleos no Estado de São Paulo. Esta especificação é importante para preservar a identidade das duas organizações.
“Ponto para o social” (ISTOÉ 1728).
Ana Moser
São Paulo – SP

Nova união

A Igreja Católica deveria ser mais rígida no curso de preparação para o casamento religioso, já que o mesmo é indissolúvel. Se um indivíduo, para ser padre, deve passar no mínimo quatro anos em uma faculdade de teologia, como é que o preparo de um casamento dura tão pouco se o mesmo vale até que a morte os separe? “Nova aliança” (ISTOÉ 1728).
Edson Luiz S. Sales
Aracaju – SE

Clima
Excelente a matéria sobre meio ambiente que presta um grande serviço à sociedade. Matérias como essa servem de esclarecimento, mostram falhas nas políticas públicas e suas possíveis soluções. Também
retratam a qualidade dos nossos pesquisadores, caso da dra. Magda Lombardo, que estão no mesmo nível dos de países desenvolvidos. “Deserto artificial” (ISTOÉ 1728).
Luiz Antonio Soave
Rio Claro – SP

Sequestro
Revolta. É o menor dos sentimentos que tive ao ler a reportagem sobre o sequestro de 16 anos. A justiça divina certamente agirá sobre o que partiu e a humana deve, da mesma forma, agir sobre as outras duas pessoas que participaram do caso. Os direitos humanos deverão sempre ser respeitados acima de tudo. Os autores do crime nem ninguém têm o direito de brincar de Deus, retirando o filho de uma mãe e um pai. “Esclarecido o mais longo sequestro do Brasil” (ISTOÉ 1728).
Felipe Tenório
Cataguases – MG

PMDB

Fiquei indignado ao constatar que o PMDB, outrora composto por grandes nomes, esteja sendo dominado por uma cúpula de traidores, que não respeitaram nem o “esfriar” das urnas para se aliar ao PT. Em nome da “governabilidade”, “oposição responsável” e outras desculpas para se manter no poder, esses senhores estão desrespeitando milhares de eleitores que os reconduziram ao Congresso Nacional. As eleições para prefeito estão vindo e, com certeza, saberemos retribuir à altura. A se concretizar esta escandalosa união, sugiro que se mude também o nome da entidade para Partido do Movimento em Defesa das Benesses do poder.“O ensaio da traição” (ISTOÉ 1728).
Ivanildo Maciel da S. Junior
Recife – PE

Sucessão presidencial

Com a vitória do PT e o imbróglio da transição, surgiu um novo tipo de doença que vai exigir talvez uma nova especialidade médica. O novo profissional terá que ser ao mesmo tempo oftalmologista e otorrinolaringologista. Isto poderá ocasionar novos investimentos em pesquisa na área de ciências médicas como também onerar os planos de saúde. O grupo de risco é constituído pelos telespectadores interessados em acompanhar a transição. O principal sintoma no paciente é que ele ouve uma coisa e vê outra. Há uma variante dessa doença que é mais difícil de ser detectada, pois ela só pode ser diagnosticada em duplas. Um paciente, geralmente da direção ou liderança do PT, fala uma coisa e o outro, geralmente militante de base, ouve outra. “Voto de confiança” (ISTOÉ 1728).
Francisco J. D. Santana
Salvador – BA

Fome

É perfeitamente louvável a atitude do sr. Luiz Inácio de desejar o fim do flagelo da fome no Brasil. Cabe a ele e sua equipe destinar as verbas e, principalmente, os meios reais para que essas verbas cheguem de fato ao seu destino. Outros governos já tentaram fazer o mesmo, várias campanhas já tentaram fazer o mesmo, e outros países já tentaram fazer o mesmo pelo Brasil. Sempre. Sempre as verbas se desviam pelo caminho. Seja em gabinetes de funcionários e políticos corruptos, seja devido à enorme burocracia brasileira, seja em desvios via licitações. O próprio PT está envolvido em casos de direcionamento de licitações em vários municípios. Não acredito que Lula não saiba dos fatos. Pelo menos se espera que ele os apure e coloque em prática seus planos, tomando cuidados para que os mesmos não venham a manchar seu tão nobre e louvável programa. “A fome” (ISTOÉ 1727).
Johnson Franklim R. Pimentel
Ribeirão Preto – SP

Aumento polêmico

É lamentável o aumento dos salários dos deputados. Se forem aumentados os salários dos deputados federais, em efeito cascata, serão aumentados os salários dos deputados estaduais e dos vereadores, pois estes são baseados diretamente naqueles, em porcentuais estabelecidos pela lei. Incongruência maior é o fato de que o governo não vê meios de aumentar o salário mínimo do trabalhador para R$ 240. Queria ver se eles conseguiriam viver com isso. O ideal seria que eles discutissem essas propostas de aumento já na eleição, aí poderíamos escolher quem fosse contrário a ela. “Congresso quer aumento” (ISTOÉ 1727).
Sandro Rafael Bandeira
Ponta Grossa – PR