Contagem final para G. Aronson
Apesar do respiro nas vendas de Natal, a tradicional rede paulista de varejo G. Aronson parece sucumbir de vez à crise dos juros altos. A rede já não conta com alguns produtos além dos expostos nas vitrines, e os estoques de aparelhos de imagem e som estão à altura do rodapé. Ao contrário das Lojas Arapuã, cuja dívida de R$ 800 milhões foi refinanciada, os fornecedores demonstram pouca disposição na concessão de prazos ao seu folclórico dono Girsz Aronson, exigindo o pagamento à vista para a reposição de eletrodomésticos às suas lojas. Depois de enfrentar um sequestro no fim do ano passado e vender 15 dos melhores pontos-de-venda de um total de 35 filiais, Aronson terá um desafio crucial pela frente. Na sexta-feira 22, vence a primeira parcela da concordata cujo passivo ronda os R$ 60 milhões, dos quais a metade com a indústria. "O que eles ganharam comigo nos últimos 50 anos foi muita coisa e podem perder agora um ou dois milhões", confia Aronson.
ANDRÉ VIEIRA

Choque industrial
A primeira prova de fogo do ministro do Desenvolvimento, Celso Lafer, como interlocutor do governo com a iniciativa privada ocorre antes do fim do mês. O presidente da associação da indústria de brinquedos, Synésio da Costa, planeja entregar um plano para a criação de dois mil novos empregos até dezembro. Mas o encontro pode não acontecer. Lafer não engoliu as críticas que recebeu de Synésio durante sua posse e avisou que não quer ver o industrial pela frente.

 

Salva-vidas
Uma estratégia de sucesso nos Estados Unidos está para desembarcar no Brasil, a fim de salvar revendas de veículos em dificuldades. Lá, as montadoras há décadas compram parte das ações de concessionárias para capitalizar seus proprietários e viabilizar a aquisição de veículos. O objetivo aqui é fazer com que fundos de pensão e bancos comprem a idéia. Um dos desafios é fazer com que o pessoal se convença da lucratividade do negócio.

 

Cevada aeróbica
Cerveja sem álcool, quem diria, pode servir também para reposição energética de atletas. A Antarctica tem em mãos um estudo da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, que aponta boa quantidade de sais minerais e nutrientes na bebida. A principal diferença de uma Kronenbier e as cerveja normais é o teor alcoólico. A primeira tem no máximo 0,5%, enquanto as outras chegam a 5% ou 6%. Mas a Antarctica quer mais é explorar a fundo o mercado para quem malha e lança em breve sua linha de produtos isotônicos propriamente ditos.

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B Ô N U S
AMBIÇÃO Depois de vender as empresas de laticínios na Europa para a megaconcorrente Parmalat, o grupo Bombril-Cirio estuda também se livrar do segmento de atomatados do velho continente.

INTELIGÊNCIA Doze felizardos engenheiros recém-formados pela FEI, de São Bernardo do Campo, terão emprego garantido na Motorola, resultado de um convênio de capacitação tecnológica. O projeto receberá US$ 5,5 milhões.

V I V A V O Z
"O ministro Celso Lafer está cercado de diplomatas, pessoas honestas, mas que não conhecem nem o que seja uma duplicata"
Mário Bernardini, vice-presidente da Fiesp


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