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PRESSA
O acerto para colocação de 4G no estádio de Brasília
foi feito recentemente. Pode não haver tempo para
sua implementação antes de os jogos começarem

A Fifa exige que as sedes da Copa das Confederações, que acontece em seis capitais brasileiras entre 15 e 30 de junho, tenham banda larga de última geração (4G), 100 vezes mais veloz do que a 3G e com maior capacidade de transmissão de dados. Como essa tecnologia opera em frequência mais alta do que a 3G, é preciso três vezes mais antenas para reforçar seu sinal. Isso exige a instalação de uma infraestrutura de cobertura indoor (dentro de ambiente fechado). É nessa questão que reside um grande problema. As operadoras de telefonia dizem que não tiveram tempo hábil para instalar os aparelhos necessários.

Até a quarta-feira 13, nenhum milímetro de cabo de fibra ótica para cobertura indoor tinha sido instalado nas arenas do Rio de Janeiro, da Bahia, de Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza e do Recife, sendo que as negociações para colocação só foram recentemente concluídas com sucesso nas três últimas cidades. Como as operadoras levam em média 120 dias para instalar os aparelhos, a situação é preocupante. “O celular dentro do estádio pode travar, ficar lento ou nem receber sinal”, adverte o engenheiro Marcos Wrobel, diretor da RFS do Brasil, fabricante de soluções para comunicação sem fio. “O foco, agora, é ter cobertura mínima razoável, suprindo as áreas da Fifa, dos convidados vip e da imprensa”, diz o engenheiro.

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Para suprir o mínimo necessário em pelo menos três dos seis estádios, Eduardo Levy, diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel e Celular Pessoal, promete esforço redobrado. “Trabalharemos em dois turnos para compensar o atraso.” Ele afirma que pode apelar para os sites móveis. “Teremos cobertura de quarta geração nem que seja colocada provisoriamente através de caminhões, que ficarão do lado de fora dos estádios.”

A Agência Nacional de Telecomunicações informou que não há exigência de cobertura indoor no edital, mas ressaltou que as operadoras têm de cumprir as metas de qualidade do serviço, como taxa de chamadas completadas, estando sujeitas a punições pelo descumprimento dessas obrigações.

 

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Foto: Iano Andrade/CB/D.A Press