A escalada da retórica beligerante e das mobilizações militares pelo regime norte-coreano, na última semana, ameaça acender um barril de pólvora no leste asiático. Após ser alvo de sanções da ONU em resposta ao seu terceiro teste nuclear, o regime comunista de Pyongyang, liderado por Kim Jong-un (foto), declarou nulo o armistício com a Coreia do Sul assinado em 1953, que colocou fim à guerra travada pelos dois países por três anos. Interrompeu também a linha direta de comunicação com o governo vizinho e definiu como primeiro alvo a ilha sul-coreana de Baengnyeong. Do outro lado, cerca de dez mil soldados sul-coreanos promovem manobras simuladas de combate. Especialistas temem que qualquer deslize possa provocar um conflito de contornos imprevisíveis.