O procurador- geral de Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca, anda por Maceió desde o início da semana passada cercado por seguranças. Na sexta-feira 11, Coaracy foi ao Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Justiça e denunciou a existência de um plano para matá-lo. O procurador é o autor da ação que denunciou dez deputados estaduais alagoanos por um esquema que desviou R$ 280 milhões da Assembléia Legislativa do Estado desde 2001. Com base na denúncia, os deputados foram afastados de seus cargos até o final do julgamento, por determinação do desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas, Antônio Sapucaia. Coaracy disse que o plano de execução incluiria ele e mais três outras autoridades alagoanas. Confirma, assim, o teor da reportagem publicada por ISTOÉ em sua edição de nº 2005. De acordo com a reportagem, um dos deputados afastados, o próprio presidente da Assembléia, Antônio Albuquerque, teria comunicado ao governador de Alagoas, Teotônio Vilella, um plano de se matar, mas antes, levar com ele “pelo menos quatro”. Autor da denúncia, o procurador Coaracy seria um deles. Teotônio seria outro.

Enquanto isso, em Alagoas, o caso atingiu na semana passada o presidente do PT no Estado, o deputado Paulo Fernando dos Santos. Ele também foi indiciado no caso, após denúncia de que teria se beneficiado de empréstimos de cerca de R$ 200 mil, tomados à Assembléia. O deputado afirma que a denúncia contra ele foi uma armação dos demais envolvidos, por conta de seu posicionamento favorável à cassação dos deputados que fazem parte do esquema. Ele afirma que os cheques emitidos pela Assembléia em seu nome não entraram em sua conta.