Construir uma cidade na Baixada Fluminense. Era esse o plano de um grupo de empresas quando concebeu um empreendimento imobiliário do tamanho do bairro de Copacabana dentro de Nova Iguaçu. "O objetivo é simples: atender a um segmento que sempre foi malservido em termos imobiliários, a classe média", diz Carlos Guimarães, da CR2 Incorporadora, uma das responsáveis. O projeto também foi motivado por pesquisas que indicaram que os moradores da região com renda média mensal de R$ 2,2 mil viviam em lugares com infra-estrutura ruim, pouca segurança e, pior, pagando aluguel.

A cidade nasceu do Clube Paradiso, que desde 2006 funciona no terreno. Com piscinas, quadras e churrasqueiras, ele é alternativa de lazer. "O povo quer casa de praia, né? Eu sempre quis uma casa de piscina", brinca Magno Salomão, um dos primeiros a comprar um imóvel. Professor municipal, Salomão já era sócio do clube quando soube da venda das primeiras 848 casas. "Financiei o imóvel em 20 anos", diz. Uma vez instalado, ele será uma das 150 mil pessoas a usufruir da segurança de um condomínio com a infra-estrutura de uma nova cidade. "Teremos rodoviária, escolas, creches e hospitais, além de supermercados e lotes para escritórios e até para pequenas indústrias. Tudo isso dentro do terreno do empreendimento", explica Marcelo Conde, da STA Arquitetura, outra sócia na empreitada.

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Apesar de o cronograma de obras do Cidade Paradiso prever a entrega de até cinco mil casas por ano até 2015, os responsáveis pelo projeto são flexíveis quanto à sua velocidade.

"A vantagem de construir uma cidade é que regulamos o ritmo à demanda", explica Conde. Os empresários estão de olho na crise internacional de crédito, mas não sentiram impacto no lançamento do primeiro lote. Em dois meses, 550 imóveis foram reservados. E os que mais têm vendido são os maiores, com 88 m², e mais caros: R$ 77 mil.