As malvadas sempre fizeram parte do folclore televisivo nacional. É uma marca registrada dos autores brasileiros, que acertam nas escolhas dos atores e atrizes para desempenhar os papéis. O realismo com que é conduzida a cena é tamanho que, quando as pessoas cruzam na rua com o ator, chegam a criar confusão e querem ditar até o rumo da história. “Raio X das vilãs” (ISTOÉ 1800).
Edison Orlando
São Paulo – SP

A novela Celebridade atesta que as pessoas valem pelo que têm, pelo que sabem ou pelo mal que possam causar. A morbidez da maldade reside na máxima de que a última coisa que o homem aprende na vida é que nem ele mesmo é eterno.
Severino Melo
Caruaru – PE
 
 
Padre Marcelo Rossi

Com fala resignada o padre Marcelo Rossi, na entrevista “Não quero ser juiz” (ISTOÉ 1800), afirma que “a posição da Igreja é de mãe…”. Ora, que mãe é essa que defende o indefensável nos tempos atuais, como a proibição da camisinha? Mãe verdadeira é aquela que quer o melhor para o filho, mas também entende o filho no contexto atual. Sem hipocrisia e defesas de bandeiras há muito soterradas pelos fatos de nosso dia-a-dia.
Osny Martins
Joinville – SC
 
 
Política

A respeito da reportagem “A guerra das fitas” (ISTOÉ 1800), o que fica nítido é a falta de sincronia entre os três poderes da República. É lamentável que um governo que tenha sido recebido com tamanha legitimidade e expectativa pela sociedade hoje tenha caído na vala comum da politicalha.
Lander das Dores Silva
Belo Horizonte – MG

A desesperança está vencendo a confiança. O descrédito está vencendo o ideal. A corrupção está matando a esperança. A mesmice está derrotando as mudanças. As desculpas esfarrapadas estão aniquilando a verdade. O jogo sujo está embaçando a transparência. O é-cedendo-que-se-sobrevive está ganhando dos objetivos pessoais e partidários. O sonho cedeu lugar a um pesadelo requentado. Infelizmente, a estrela está perdendo o brilho.
Junia Paixão Castro
Carmo da Mata – MG
 
 
Porão do poder

Na reportagem “Traição e extermínio” (ISTOÉ 1799), Hércules Corrêa mente e calunia a meu respeito. Jamais conheci Fuad Saad e nunca trabalhei ou produzi matérias para a revista Manchete. Quando deixei a prisão no Dops de São Paulo, fui trabalhar no Diário de Notícias do Rio de Janeiro, a convite do jornalista Múcio Borges da Fonseca, que havia assumido a direção de redação daquele jornal. Um ano e pouco depois, em 1974, fui para a Pais & Filhos, da Bloch Editores. Para que a infâmia e a calúnia não prevaleçam, seria interessante que ISTOÉ localizasse o jornalista que assinou a matéria feita com Fuad Saad e colhesse o seu depoimento, já que o próprio Fuad não poderá fazê-lo, pois o mesmo faleceu há oito anos, como me informou um de seus filhos. No mais, quando diz “infiltrado” e “indicação do SNI”, Hércules Corrêa apenas me coloca no rol dos alvos de seus ódios e das práticas stalinistas que afastaram tantos e tão excelentes quadros do PCB. A qualidade do caráter desse caluniador pode ser analisada na sua ação política, desde quando o Brasil começava a se libertar da ditadura militar.
Renato Leone Mohór
Jundiaí – SP

Parabéns à revista por resgatar a figura do ex-presidente João Goulart. Aqueles que afirmam que Jango foi um despreparado para exercer a Presidência da República sabem que isso não é verdade. Ele faria as reformas. No fundo, querem justificar o injustificável: o nefasto regime militar. “Jango, o desconhecido” (ISTOÉ 1800).
Mauro Berres
Rondonópolis – MT
 
 
Escolha do F-X

Com relação à matéria “Armadilha russa” (ISTOÉ 1800), o Ministério da Defesa esclarece que, diferentemente do registrado na reportagem, assessores do ministro da Defesa, José Viegas Filho, não tratam como favorito nenhum dos consórcios que disputam a venda de caças à Força Aérea Brasileira. O Ministério da Defesa, isto sim, reforça a informação de que o conjunto da concorrência, avaliação técnica e de transferência de tecnologia para o Brasil será analisado pelo Conselho de Defesa Nacional, ao qual caberá a escolha do vencedor. Portanto, quaisquer informações veiculadas antes da conclusão desse processo sobre favoritismos ou simpatias são especulações sem base nos trâmites oficiais.
Valéria Blanc
Assessora de imprensa do Ministério da Defesa
Brasília – DF

Fax Brasília

Estranhamente, na edição 1799 a coluna Fax Brasília noticiou que eu e o deputado Sérgio Miranda (PCdoB-MG) não estaríamos nos “sentindo confortáveis” no PCdoB. O Partido Comunista do Brasil, ao qual me filiei em 1981, não se trata apenas de uma legenda, mas de um projeto político de mudança da sociedade em busca de um futuro socialista para o nosso país. Não sei qual fonte ouvida pela coluna, nem qual o interesse envolvido em divulgar idéia tão estapafúrdia, mas recomendaria a ISTOÉ que da próxima vez buscasse ao menos me ouvir. Teria a oportunidade de saber que, além de continuar a me “sentir confortável” e confiante no PCdoB, fui escolhida pela direção municipal do Rio de Janeiro, pela direção estadual e pela Executiva Nacional, unanimemente, como candidata a prefeita do Rio de Janeiro.
Jandira Feghali
Deputada federal PCdoB-RJ
Brasília – DF

Envio meus protestos em relação à nota publicada no Fax Brasília. É inverídica a informação de que estou rompendo com o PCdoB, partido no qual milito há muitos anos. E estranho o fato de não ter sido sequer consultado sobre uma notícia que envolve meu nome.
Sérgio Miranda
Deputado federal PCdoB-MG
Brasília – DF
 
 
Caetano

É de extremo valor a reportagem “Malúcido” (ISTOÉ 1800) com Caetano Veloso, sobre seu novo trabalho A foreign sound. Justamente quando o Brasil relembra os 40 anos da terrível ditadura militar. Caetano vem, desta vez sem censura e exílio, comprovar seu potencial ousado de criar e provocar através da poesia e da diversidade melódica. Apesar da atual crise de reprovação ao domínio americano, a escolha das músicas daquele país, para comporem este álbum, foi de um gosto refinado. Agrada a pessoas de qualquer idade e preferência musical. É a fina mistura do autoritarismo americano com a sabedoria rítmica do artista brasileiro. Parabéns à revista em dar espaço ao “Malúcido” eterno Caetano Veloso.
Juliana Neves Oliveira
Belo Horizonte – MG
 
 
Barbárie no Iraque
A barbárie iraquiana nada mais é do que uma reação esperada contra as barbáries americanas impetradas pelo mundo, tentando impor sua cultura, sua língua, seus produtos, hábitos e costumes. “A barbárie e os mercenários” (ISTOÉ 1800).
Hilmartom Xavier Silva
Campina Grande – PB
 
 
Marcelo Yuka

Tenho paralisia cerebral congênita devido a uma toxoplasmose durante a gestação e, no entanto, até meus atuais 20 anos, fiz quase tudo que outra pessoa da minha idade fez. Atualmente curso direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie, uma das melhores de São Paulo e do Brasil. Concordo com o Yuka, não queremos ser vistos como coitados, tampouco como heróis, mas é muito bom transmitir o exemplo de que não existem barreiras para viver. Não somos melhor nem pior que os outros, só vivemos da forma que podemos. Como ele diz, uns se apóiam em religião e outros não, não importa em que, mas nossa cabeça tem que estar boa para melhorar o físico, principalmente porque no início há pouco apoio, inclusive dos médicos, como Yuka brilhantemente nos informou nesta entrevista! Mas, tendo pessoas como Yuka, Herbert Vianna, artistas conhecidos e inteligentes que continuam sua carreira, acredito que todos, a começar pelos médicos, comecem a acreditar e investir mais em nós. Parabéns pela entrevista! “O sobrevivente” (ISTOÉ 1799).
Marcella Santaniello Buccelli
São Paulo – SP

Não quero julgar a veracidade do depoimento do referido músico; contudo, a minha experiência em quase um ano de acompanhamento pelo Sarah, devido a uma lesão medular que me deixou tetraplégico, me leva a fazer algumas ponderações muitas vezes discordantes da posição de Marcelo. Mesmo que tenhamos posicionamentos opostos em relação à Rede Sarah, quero aqui parabenizar Marcelo Yuka pelo seu trabalho artístico. Gostaria de sugerir, também, que ele utilize sua entrada na mídia para provocar o debate acerca das células-tronco embrionárias que hoje se mostram o caminho mais viável para a solução de nosso problema, uma vez que a Lei de Biossegurança, que está tramitando no Congresso, proíbe a sua pesquisa.
Aloísio Alves de Lima Junior
Brasília – DF
 
 
Correção
Ao contrário do publicado na reportagem “Doutores do glamour” (ISTOÉ 1798), Roberto Stern não é aluno, nem Costanza Pascolato professora do curso. Ambos são membros do Comitê de Luxo do MBA. Também não é necessária fluência em francês para ser aceito como aluno.