Sonho milionário
A agência espacial americana Nasa já pode contar vantagem. No sábado 27, seu jato hipersônico X-43A bateu o recorde de velocidade ao atingir 7.700 km/h (Mach7), sete vezes a velocidade do som. O motor usa a própria atmosfera como propulsora e consumiu US$ 230 milhões em investimento. O vôo foi no deserto da Califórnia, o mesmo onde o piloto americano de combate Chuck Yeager quebrou a barreira do som em 1947. Ainda um sonho, o hipersônico viajaria de São Paulo a Paris em uma hora e meia. A Nasa espera usá-los como foguetes espaciais a partir de 2025.
 

Primo pobre
Enfim nasceu Simputer, o primeiro computador 100% indiano. A idéia surgiu em 2001, no instituto científico de Bangalore. Por falta de verba, só virou produto agora, fabricado pela estatal Bharat Electronics. Do tamanho da palma da mão, o Simputer custa R$ 700 e o modelo mais simples tem 64 MB de memória. Criado para a população pobre das zonas rurais, ele navega na internet, troca e-mails, tem microfone e alto-falantes. Seu sistema operacional é o Linux, o concorrente do Windows que dispensa pagamento de direitos autorais.
     

Céu mirim
A cidade paulista de Brotas não é só um lugar para praticar esportes radicais. Lá funciona o Centro de Estudos do Universo (CEU), um dos maiores complexos astronômicos do País, que inaugurou em seu planetário uma sessão especial para crianças de quatro a oito anos. Com a ajuda da Turminha Alto Astral, os espectadores mirins viajam pelo espaço e participam de uma aventura por entre os planetas. A sessão é repleta de efeitos de computação gráfica e é narrada pela própria
máquina do planetário.
     

O livro do futuro
Um consórcio entre Sony, Philips e a empresa
de papel digital E-Ink anunciou seu primeiro
leitor de livros digitais. O Librié tem o tamanho
de um livro convencional e guarda até 500 textos na memória. Suas vendas começam em abril, no Japão, onde ele vai custar US$ 375 (cerca de R$ 1.000). O aparelho pode se conectar ao PC para abastecer sua biblioteca com novos títulos e notícias baixadas da internet. O forte do Librié é a praticidade. Ele pesa 300 gramas e funciona com quatro pilhas tamanho agulha.
 
 
Os eleitos
As ratazanas foram as cobaias preferidas dos cientistas nos anos 1800. Trocados pelos camundongos nos estudos de toxicidade farmacêutica, nem assim os ratos perderam valor. Seu sistema fisiológico e suas doenças são semelhantes ao dos humanos e por isso eles são essenciais na pesquisa. Com o genoma completo dos ratos, publicado pela revista Nature, veio a surpresa: humanos, ratos e camundongos compartilham mais de 90% dos genes. O rato é o terceiro mamífero a ter seus genes decifrados, o que deve acelerar as pesquisas de laboratório.