JORGE ARAÚJO/FOLHA IMAGEM

Sob o pretexto de homenagear os sem-terra mortos no massacre de Eldorado do Carajás, ocorrido há 12 anos, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra realizou ações em todo o País. ISTOÉ já havia antecipado que, afrontando o Estado Democrático de Direito, o MST promoveria o “Abril Vermelho”. No total, já foram mais de 150 ações.

Além das invasões e bloqueios, centenas de garimpeiros, com apoio do MST, paralisaram por sete horas a ferrovia de Carajás, no Pará, que pertence à Vale. O ato contrariou decisão judicial que proibia manifestações na empresa. João Pedro Stédile, presidente do MST, justificou a invasão como uma maneira de “chamar a atenção pelos problemas de que a Vale é culpada” – segundo ele, “conflitos ambientais e trabalhistas”. A empresa classificou o ato como “criminoso” e criticou a omissão da polícia: “Há muito tempo, a Vale vem alertando as autoridades de que esse clima de desrespeito ao Estado de Direito cria um ambiente negativo para o crescimento dos investimentos.”