i71673.jpg"Um dia passei em uma loja perto do campus da universidade e comprei uma garrafa de tequila, fizemos o experimento e na primeira tentativa correu tudo bem”, lembrou o líder do projeto e doutor em física, Luis Miguel Apátiga. Foi assim, com uma dose de curiosidade científica, que o cientista conseguiu produzir diamantes microscópicos a partir da tequila. Para realizar a façanha, Apátiga e sua equipe empregaram líquidos como a acetona, o etanol e metanol, acrescentando também água e os introduzindo em equipamentos usados para a produção de cerâmica. “Primeiro o mecanismo aquece o líquido a 280oC e o evapora, depois levamos a uma câmara com uma temperatura de 800oC, onde as moléculas do vapor se rompem em fragmentos menores”, conta. “Nessas minúsculas partículas há átomos de carbono, hidrogênio e oxigênio pela água.” Como às vezes a equipe usava 40% de etanol e 60% de água na mistura, proporção similar à encontrada na tequila, Apátiga tentou usar a bebida alcoólica. “O destilado ajudou a formar os microdiamantes, porém com uma forma menos circular que os naturais”, disse.