Já se passaram 74 anos e os astrônomos continuam em dúvida.
Para alguns, Plutão é o nono e mais distante planeta do sistema
solar e leva 250 anos para completar uma volta ao redor do Sol. Para outros, o astro descoberto em 1930 não passa de um asteróide que gravita num cinturão de objetos celestes chamado Kuiper, localizado além de Netuno. Na segunda-feira 15, um novo achado acirrou esse debate e pode mudar a forma como entendemos o universo. Isso
porque astrônomos americanos conseguiram localizar mais um planeta
na escuridão do sistema solar.

Batizado de Sedna, em homenagem à deusa do oceano na mitologia dos esquimós do Ártico, o décimo planeta pode medir cerca de 1.700 quilômetros de diâmetro. Distante pelo menos 13 bilhões de quilômetros do Sol, o planetóide leva 10.500 anos para dar uma volta ao redor do Sol e sua temperatura é de 240o C negativos. Assim como Plutão, é possível que Sedna tenha a sua própria lua. A novidade é seu tom avermelhado, que só perde para Marte. O próprio cientista chefe da pesquisa, Mike Brown, desconfia que Sedna seja um planeta, pois há mais de 400 objetos no Cinturão de Kuiper, onde se imagina que estejam os primeiros objetos que se formaram no sistema solar. A importância dele é que pode ser o primeiro planetóide gelado descoberto em sua órbita normal. E não a partir de sua influência na órbita de outros corpos celestes.