Com peso de 10 toneladas e velocidade de 54 mil km/h, um meteorito atingiu na sexta-feira 15 a região russa dos Montes Urais. Houve uma grande explosão que causou pânico na população. Aí fez-se o silêncio. Na sequência, o que se ouviu foi uma cadeia de novos estrondos. ”Parecia guerra”, diz a russa Galina Zaglumyonova. Como imaginar que um dos mais lindos fenômenos astronômicos quando visto à distância estava aqui no chão do planeta como um gigantesco artefato a ferir cerca de mil pessoas? A energia elétrica caiu, telefones emudeceram, canos d’água se romperam e edifícios tremeram. O pavor se voltava para as centrais nucleares da região. O que se viu nos Montes Urais foi um meteorito e não um meteoro, e isso faz diferença não apenas na semântica. Fosse o segundo, o estrago teria sido mínimo, porque meteoros não carregam energia explosiva e jamais desabam sobre a Terra a mais de 30 mil km/h. É como se o meteoro fosse uma granada e o meteorito, um míssil. Foi esse que castigou os Urais.