Julian Barnes é um dos principais escritores ingleses da atualidade. Diz ele em “O Sentido de um Fim” que a história é a certeza fabricada no momento em que as imperfeições da memória se encontram com as falhas de documentação. Por essa metodologia caminha o livro “A Outra História do Mensalão” do jornalista Paulo Moreira Leite, diretor da sucursal de ISTOÉ em Brasília. A imperfeição da memória, no caso, é que os réus do processo do mensalão foram julgados em 2012 “muito mais pela denúncia de cerca de seis anos atrás do que por investigações feitas no decorrer do tempo”. A falha de documentação é que “o processo não prova que o mensalão envolveu dinheiro público”, fato atestado pelas próprias auditorias consultadas. Diz Moreira Leite: “foram aplicadas penas rígidas demais para provas flexíveis demais.” O livro (prefácio do jornalista Janio de Freitas) reúne 37 artigos que ele publicou em seu blog. Tem lançamento para blogueiros na terça-feira 19. Chega às livrarias do País em março.


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